domingo, 22 de dezembro de 2013

ACONTECEU <> HOSPITAL DO CÂNCER DE BARRETOS -


HOSPITAL DO CÂNCER DE BARRETOS

           
            Nesta  sexta-feira, dia  21  de  dezembro  de 2013, acompanhei minha esposa em uma visita fraterna ao Hospital do Câncer, de Barretos.
Oportuno registrar que pelos idos de l986, conheci seu fundador Dr. Paulo Prata, quando o Hospital atendia no perímetro central, na Rua 20. Naquela ocasião, como gerente de agência bancária, do então Unibanco, tomava conhecimento não somente das dificuldades administrativas, como, também, registrava o profundo desprendimento humanitário daquele bandeirante do amor fraternal, pela causa. Hoje, quase três décadas depois, alegra-me ver que a semeadura do passado sobeja de esperança aos enfermos de todas as paragens do território brasileiro e, há quem o diga, até do exterior. Não há dúvidas de que esta obra benemérita é um ideal familiar e merece aos "olhos" da espiritualidade ,  ao nosso ver, toda inspiração Divina.
Minha esposa e eu, professamos o cristianismo, embora por filosofias religiosas diferentes: ela  Católica Apostólica Romana,  enquanto eu  sigo a doutrina Espírita Kardecista. Entendemos-nos muito bem e nos auxiliamos mutuamente no campo religioso e filantrópico,  quanto necessário; razão pela qual me fiz de acompanhante e motorista, na sua viagem filantrópica àquele nosocômio.
Nosso bagageiro continha objetos, utilidades, lacres, produtos de higiene, etc. que, com certeza, seu destino não seria de utilização em áreas da pediatria, pois para esta a disponibilidade foi de chocolates. Mais que um atendimento pela visita benemerente, a recepção  foi de uma acolhida que nos deixou muito felizes.
Missão cumprida, revolvemos dar uma "espiada" nos pavilhões e nas adjacências. Ao passarmos por uma capela, minha esposa teve  o ímpeto de nela entrar e fazer suas preces de agradecimento a Deus. Adentramos ao templo.

Em posição genuflexa, minha esposa fazia suas orações. Ao seu lado, enquanto a aguardava, sentei-me no banco e passei a observar o ambiente. Da mesma aparência de uma igreja, a capela apresentava internamente os moldes de uma nave. Um simples altar refletia sua acolhedora disposição.
Frei Francisco, nobre mentor espiritual me sugere um desdobramento e observação do lado espiritual. Não me fiz de rogado e observei que no altar que tanto me despertara a atenção pelo menos duas ou três entidades se movimentavam, com idas e vindas, em funções puramente espirituais.
Observava o vai e vem delas quando noto ao meu lado e muito bem postado, uma entidade alta, negra e de porte condizente ao de um halterofilista.
- Obrigado pela visita, disse-me ele.
- Apenas acompanho minha esposa, respondi.
- Sim, mas de qualquer forma estas presente. Dou graças a Deus pela tua visita.
- Eu pelo teu trabalho, aludi.
Nesse instante, minha esposa se levanta  e se dispõe a sair. Ao caminharmos em direção a saída.  disse-me ela estar sentindo algo tão diferente; algo muito bom.
Tendo consciência da companhia que aquele nobre espírito nos fazia,  à minha pergunta ele disse chamar-se Getúlio. Notei-lhe um leve sorriso e ao vislumbrar sua mão estendida, nos despedimos. Volte sempre, foram suas últimas palavras. 






















domingo, 8 de dezembro de 2013

AS ORIGENS DO ESPIRITISMO



Queria questionar a equipa do blog se concorda com a afirmação que o espiritismo tem três fontes: a moral cristã, as filosofias orientais (budismo) e as filosofias da antiguidade (Platão, Aristóteles e a filosofia dos antigos gauleses).
Por exemplo, também se considera que o marxismo tem três fontes: a economia política inglesa, a filosofia clássica alemã e o socialismo francês.


----------------------------

 Olá amigo,

Se o Espiritismo tivesse sido uma criação humana, talvez fosse pertinente apontar essas fontes. Mas o Espiritismo veio dos Espíritos - Espiritismo ou Doutrina dos Espíritos, são sinónimos. Então, talvez seja mais correcto dizer-se que no Espiritismo encontramos elementos das tradições que refere, e outras mais. Mais uma questão de palavras, portanto.

Allan Kardec, nas suas obras, compilou os ensinamentos dos Espíritos, sistematizou-os, comentou-os e divulgou-os. Relativamente a Sócrates e a Platão, ele aponta-os como percursores da ideia espírita e da moral cristã. 

Jesus de Nazaré foi apontado pelos Espíritos como modelo de perfeição a que podemos aspirar, e Kardec comentou o Evangelho de Jesus à luz dos ensinamentos dos Espíritos, na obra O Evangelho Segundo o Espiritismo, que muitas pessoas mal informadas pensam tratar-se do "Evangelho Espírita".

Quanto ao Budismo, é uma das religiões e filosofias que propõem uma explicação da realidade baseado na imortalidade da alma, nas boas obras, na reencarnação, e em outros princípios que encontramos em quase todas as religiões, épocas e lugares.

O Judaísmo, a primeira religião monoteísta, que está na base do Cristianismo-filosofia e do Cristianismo enquanto instituição religiosa, era e é reencarnacionista. Jesus de Nazaré professou a religião judaica, nasceu e viveu como judeu. E temos todos os motivos para crer que ele era reencarnacionista, não só porque era um judeu cumpridor da sua religião, como pelos seus ensinamentos. Os Primeiros Cristãos eram reencarnacionistas, até que o Cristianismo se tornou religião formal, hierarquizada, e aboliu institucionalmente a reencarnação.

Nos nossos dias, nas religiões cristãs, a reencarnação continua banida dos dogmas, pelo que, pessoas menos esclarecidas costumam apontar ao Espiritismo uma hipotética inspiração budista. Na verdade, o Espiritismo, mantendo as suas características próprias, sendo uma ideia, uma crença e uma opinião como qualquer outra, considera que todas as religiões e filosofias espiritualistas contêm fragmentos importantes da Verdade, que tomaram certa feição consoante o tempo, o lugar, a cultura e as figuras intervenientes na respectiva origem. É natural, por isso, que haja pontos em comum entre o Espiritismo e as mais diversas tradições religiosas e filosofias espiritualistas.

Assim sendo, as fontes que cita têm todas o seu valor, e fazem parte do património histórico e espiritual dos respectivos povos. O erro de algumas pessoas, a nosso ver, é traçarem linhas divisórias entre religiões «certas» e religiões «erradas». Há muito quem, nomeadamente no sector cristão, condene todas as religiões não cristãs como «erros», «enganos», sacrilégios», e mesmo «obra de Demo»... Tal visão, quanto a nós, é falha de caridade e humildade.

O Espiritismo é universalista, não é salvacionista. A nossa divisa é "Fora da caridade não há salvação", e não "Fora do Espiritismo não há salvação". Na nossa óptica, agrada a Deus quem trata os outros como gosta de ser tratado, e não quem frequenta esta ou aquela religião. O passaporte para um futuro melhor é amar a Deus e ao próximo, como a nós mesmos. Foi Jesus quem o disse, quando o consultaram acerca de qual seria o mais importante dos Dez Mandamentos da lei de Moisés.

Não temos, então, motivo para nos regozijarmos por sermos espíritas, como ninguém deve ter motivo de regozijo apenas por pertencer a esta ou àquela religião ou filosofia, considerando-se a si «salvo» e aos outros «perdidos». Mais importante do que ser-se espírita, católico, protestante, judeu, budista, confucionista, taoísta, umbandista, etc., é ser-se sincero na fé que nossa consciência nos dita, ser-se caridoso, amar-se o próximo, produzir-se boas obras, ter-se sincero desejo de errar cada vez menos. 

Ou, como Jesus resumiu admiravelmente:

Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.

Mateus 7:21


Esperamos ter sido de alguma utilidade. Se a resposta não for clara ou escorreita, a culpa é nossa e não da Doutrina Espírita.

Receba o nosso abraço amigo,

André Afonso

Fonte: Blog de Espiritismo 

domingo, 1 de dezembro de 2013

ACONTECEU <> RELAÇÃO DE EQUIVALÊNCIA


   Tenho aprendido, ao longo da prática mediúnica, que a rotina laboriosa nos traz muitos recursos para melhor adequação e expressão da sensibilidade operativa.

A farta literatura espírita, abordando todas as entranhas e labirintos que mesclam na espiritualidade, nos favorece sempre à plausível interpretação clarividente, como, também, aos colóquios clariaudientes, ou suaves concertos de mente à mente.
A estas faculdades, mecanismo de se conhecer de um modo imediato a origem e as sensações vibratórias dos espíritos, o sensitivo deve  agregar nas suas observações o bom senso ou ter discernimento correto  para julgar ou raciocinar em cada caso. A paciência, a prudência e a perseverança têm consolidado o caráter cauteloso de muitos médiuns.
Comumente temos recebido em nossa modesta Casa Espírita recorrentes angustiados, confusos ante toda sorte de comentários que tenham sido protagonista, quer dentro da própria doutrina ou em outros círculos.
O relato que se segue não faz parte dessa estatística, contudo, teria tudo para ser mais uma ocorrência sugestiva à falsas interpretações.
Adriana, jovem de mais ou menos 25 anos, esbanjando saúde e beleza, tez de fazer inveja a banhistas praianas, cabelos lisos e longos, estava pela primeira vez à nossa frente e viera de um município distante mais ou menos 50 km.
Relatou-nos ter sofrido um acidente há mais ou menos 5 anos; ter fraturado o pé direito e sofrido uma intervenção cirúrgica.  Apesar do sucesso da operação, sofria fortes dores ao andar e que não obtivera resultado pelas providencias que até então fizera, no plano material. Nossa assistência resumiu-se numa rápida intervenção médico-espiritual para a resolução do problema; fato por ela confirmado.
Mas, o nosso relato não se prende a esta rotina e sim ao campo da mediunidade, que Adriana desconhecia. A nosso pedido, ao transmitirmos um "passe" ela se nos mostrou acessível ao sonambulismo magnético.
Materialmente viera só, mas espiritualmente acompanhada. Ao seu lado vislumbramos uma "entidade" com vestimentas e caracteres fisiológicos de uma silvícola. Aparentava mais ou menos 60 anos.
A clariaudiência nos favoreceu e a "entidade", explicando-nos a razão da sua presença e exaltando seus sentimentos, disse-nos ter sido Avó de Adriana.
Dúvidas não nos ocorreram ante a sinceridade daquela nossa irmã desencarnada, contudo, a bem da prudência, principiamos um diálogo com Adriana, uma espécie de preâmbulo enfocando a nossa constatação. Interessante dizer que Adriana em nenhum momento falou-nos de suas origens, embora tivesse tido oportunidade. Demos curso ao que nos sugeria a situação.
– Adriana, vamos descrever os caracteres de um ser espiritual que esta ao teu lado.  Apresenta-se com trajes e caracteres indígenas e disse-nos ter sido sua Avó em vida.
Surpreendida, forte comoção toma conta de Adriana e com lágrimas de emoção confirma: sim, a Avó que desencarnara quando ela ainda era criança, procedia de origem indígena.
Como, no ensaio que acima mencionamos, já havíamos constatado as possibilidades e  atributos mediúnicos de Adriana, por indução magnética a levamos novamente ao sonambulismo e, concomitantemente, sugerimos que "partisse para um abraço".
Em estado de emancipação da alma, como ensina Kardec,  acompanhamos o reencontro espiritual. Adriana sentia toda extensão amorosa da Avó, enquanto pelo seu corpo físico vertia lágrimas dessa emoção.

Este relato sugere-nos uma proposição.
Ainda que, vislumbrada por uma simples manifestação de vidência, ou mesmo de clarividência, como o sensitivo desavisado poderia imaginar a presença da Avó, em Relação de Equivalência: 
Sugestões:
 a) obsessor – b) entidade de culto-afro-brasileiro – c) etc.