quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

FATO - DO OUTRO LADO DA DESOBSESSÃO

Este desenho retrata a situação vislumbrada. 
Os Campos Magnéticos e  Espíritos de crianças encarnados 
- vistos seus cordões prateados - e de crianças desencarnados.

Falo do que sei, do que vi e do que fiz
       
                   Sábado, dia 3 de fevereiro de 2014,  como    de   costume,   em  mais  um  dia   de  atividades   em   nosso  Centro, dentre  outros  casos,   este  parece   ser   interessante  para  um  breve relato.
Aninha, como vamos chamar nossa assistida, na casa dos 13 a 15 anos, se fizera acompanhada da Mãe, que preocupada e já tendo visitado outros Centros Espíritas da nossa cidade, atendera por sugestivas providencias de amigos, para que a levassem para nossa observação.
Ao relatar, não se esqueceu de suas andanças e das providências que a ciência realiza em atendimento. Aninha está em tratamento com psiquiatras já há algum tempo e os resultados têm sido apenas paliativos. Na hora de "crise" torna-se agressiva e muito faz lembrar a saudosa menina angelical e doce que se mantivera há mais de um lustro.
Observado o aspecto material, fácil a percepção de que estava ela em estado de transe espontâneo, mostrava, sem dúvidas, as características de um médium sonambúlico em suas atividades.
No processo que nos leva ao desdobramento, nos projetamos em direção ao seu perispírito, seguindo o cordão prateado. Veja que eu disse cordão prateado e não dourado. Um parêntese explicativo: o cordão prateado é o que liga o perispírito ao corpo material, enquanto o cordão dourado liga o espírito ao perispírito; quando do desvinculo momentâneo ao exercício ou manifesto.
Voltemos ao caso. Ao nos aproximarmos de onde ela estava, forte barreira magnética nos impediu o acesso.
Ai, optamos pela vibração ao Mentor André Luiz, que nos sugeriu: passe para a dimensão seguinte e nos o acompanharemos no atendimento.
Lembrando aos menos conscientizados de que a matéria bruta apresenta-se em uma dimensão palpável, enquanto que a espiritualidade de várias dimensões. À medida que o perispírito vai se desmaterializando, no campo dimensional se localiza de acordo com sua sublimidade.
Então, seguindo a orientação, demos curso da sugestiva providência. Situamos-nos em uma camada fluídica do espaço, ou em outra dimensão. Quartas ou quinta dimensão e nos projetamos ao ambiente das trevas.
Transposto o portal do Gardemônio, nos situamos dentre crianças que estariam sendo adestradas nas pretensões das trevas. Dentre as reclusas, vários cordões prateados deixavam no espaço o caminho que levariam aos seus corpos, enquanto que outras, por estarem desencarnadas , isto não era visto.
Notamos, na dimensão que aportávamos à equipe socorrista que nos sugeria voltar ao estado perispiritual natural e providenciássemos o desativamento do campo magnético.
Circulando pelo ambiente, nos chamou a atenção um departamento, talvez por inspiração de André Luiz, e ao nos dirigirmos para lá, eis que surgem os primeiros problemas: "fomos descobertos" e a cautela dos passos seguinte se fazia cuidadosa.
Protegido pela equipe espiritual, vencemos os primeiros obstáculos e ao adentrar a um compartimento nos deparamos com sofisticado laboratório dos espíritos trevosos, muito bem protegido.
Novamente a equipe espiritual em ação e no meio de vê-lo e desvelo por todos, desativei o mecanismo, pois minha contextura perispiritual naquele momento me igualava ao campo ativo e aos seres da colônia dos obsessores.
Desativado o campo magnético, sugestivamente nos vinculamos a equipe socorrista do Centro e Irmão Romualdo e demais obreiros desta legião prestaram os afazeres de rescaldo.
Tarefa finda, o aspecto de Aninha mudara e seu semblante dava certeza à Mãe de que a filha estava "de volta" em alma; ou como poderíamos plagiar o ditado popular: "de volta à casa".
Todos os casos que se nos apresentaram seguia seu curso e ao finalizarmos as atividades daquele dia, agradecemos a Deus e bendizemos a inspiração de Jesus nos ensinamentos evangélicos, pois estes ensinamentos consolidaram ao que Ele nos ensina: "Amar ao próximo como a si mesmo".

Como tantos a outros, poderíamos nos furtar as atividades socorristas e desfrutar deste tempo para o lazer e entretenimento, mas como disse Francisco de Assis, "e dando que se recebe". E diante dessa citação, completo dizendo que recebi e com satisfação e bondade, um manifesto da assistida, já no dia seguinte.
Pela providencia de Deus, casualmente nos encontramos no domingo e por não tê-la imediatamente percebido, fui surpreendido por uma travessura de criança. Aninha se atirara a mim e com um forte abraço e agradecida, ficou-me registrado do dialogo que se segui, com a Mãe e filha, o carinhoso gesto e a frase: "Estou muito feliz, obrigado e Deus lhe pague".


Obs. – Redação realizada sob inspiração de André Luiz em exercícios habituais.



segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

REFLEXÃO: DEUS PRECISA DE NÓS


   João, no Apocalipse, legou-nos esta revelação:  “No início o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus. O mundo foi feito por Ele e o mundo não o conheceu. Ele veio ao que era seu e os seus não o reconheceram e antes lhe tiraram a vida: Jesus!”.
   Pretender que Deus construa Sistemas e Galáxias, em número infinito e passe a reger todo o Universo, e ainda por cima ocupar-se de julgar cada uma de suas criaturas, como Salomão sentado em seu trono, é fazer uma ideia bastante ridícula e acanhada de um Deus que, na verdade, não sabemos como seja. Não é um Espírito ou uma Entidade, como supomos. Antes, um fluido, que tudo interpenetra, e do qual se origina a Vida. É desse fluido ou princípio vital que se formam os corpos celestes, sob rigoroso controle de seres que, um dia, foram como nós.  
  Deus, não se ocupando diretamente de Sua Criação, a delega a seus filhos, que administram todos os departamentos onde a vida se manifeste. E a Vida está por toda a parte. Se formos ainda mais longe, diremos que poderemos tornar-nos cocriadores na obra do Pai, e não teria outra acepção Jesus haver concordado com a informação do salmista de que também somos deuses e poderemos, assim, fazer o que ao próprio Cristo já era então possível. 
  Mas, para isto, uma vida só não basta. O que temos na mochila é insuficiente para percorrermos todos os degraus da evolução. Reconhecemos ser mais cômodo vivermos uma única existência e, mediante alguns sortilégios, sentarmo-nos comodamente aos pés do Onipotente, garantindo os primeiros lugares.
   Porém, achamo-nos na idade da razão, aquela que não mais permite acreditarmos no que nos convém e, sim, na lógica que se impõe.
  Quando a Igreja aboliu a doutrina da reencarnação (com a mesma ingenuidade com que se pretendesse pôr por terra a lei da gravidade) e instituiu a unicidade das existências, isto é, só se nasce uma vez e a alma é criada a partir da concepção, deu um nó na questão.          Dizendo de outro modo: o homem faz o homem e Deus faz a alma. Deus, criando a alma no momento da concepção, coloca-se na dependência de sua criatura. Se o indivíduo não quiser filhos, Deus não poderá criar almas. “O Céu pode esperar”, é a divisa apropriada à questão.
   Deus, possibilitando um progresso infinito às almas, capacitou-as para administrarem a sua obra. Impossível tentar compreender a atuação dessas entidades arquiangelicais e seu poder no que toca à supervisão laboriosa e paciente de etapas previstas para trilhões ou quatrilhões de anos. Emmanuel, exprimindo-se a respeito em A Caminho da Luz (1), diz: “Rezam as tradições do mundo espiritual que na direção de todos os fenômenos, do nosso sistema, existe uma Comunidade de Espíritos Puros e Eleitos pelo Senhor Supremo do Universo, em cujas mãos se conservam as rédeas diretoras da vida de todas as coletividades planetárias.
   “Essa Comunidade de seres angélicos e perfeitos, da qual é Jesus um dos membros divinos, ao que nos foi dado saber, apenas já se reuniu, nas proximidades da Terra, para a solução de problemas decisivos da organização e da direção do nosso planeta, por duas vezes no curso dos milênios conhecidos.
   “A primeira, verificou-se quando o orbe terrestre se desprendia da nebulosa solar, a fim de que se lançassem, no Tempo e no Espaço, as balizas do nosso sistema cosmogônico e os pródromos da vida na matéria em ignição, do planeta, e a segunda, quando se decidia a vinda do Senhor à face da Terra, trazendo à família humana a lição imortal do seu Evangelho de amor e redenção.”
   Abaixo desses Seres Angelicais estamos nós, Espíritos encarnados e desencarnados, laborando em tarefas compatíveis com nossa evolução e possibilidades, em todos os setores da vida, na condição de cocriadores. Pretender que Deus nos haja criado para uma contemplação perpétua e improdutiva, enquanto Ele está tudo fazendo, é muito ao sabor de quem não seja chegado ao batente.


Fonte:
Obra publicada pela Editora da FEB, 20a edição.