domingo, 28 de dezembro de 2014
terça-feira, 23 de dezembro de 2014
quarta-feira, 10 de dezembro de 2014
TEORIA - LEI DA AÇÃO E REAÇÃO
LEI DA AÇÃO E REAÇÃO
“Crise, tribulação, instante de agonia,
Desilusão, tristeza e dissabor
São medidas de amor
Com que o Céu nos protege, dia-a-dia.”
Maria Dolores
Todos nós vivemos neste
universo infinito, criado por Deus, o nosso Pai. Conseqüentemente, tudo e todos
estão sujeitos às suas Leis, ou como ainda falam alguns: às leis da natureza.
Uma
dessas “leis naturais” é a conhecida Lei de Ação e Reação, a famosa terceira
lei de Newton: “A toda ação há
sempre uma reação oposta e de igual intensidade: ou as ações mútuas de dois
corpos um sobre o outro são sempre iguais e dirigidas em sentidos opostos.”
Outra lei natural é a Lei
de Causa e Efeito, a qual não foi descoberta, mas revelada para todos
nós, de forma aceitável, através da Doutrina Espírita, no século XIX. Essa lei
é bem discutida nos livros da Codificação Espírita, sobretudo nos seguintes
livros: O Livro dos Espíritos, O Evangelho Segundo o Espiritismo e O Céu e o
Inferno. O conhecimento da Lei de Causa e Efeito é bastante importante para que
possamos compreender o amor de Deus. Em verdade, o entendimento claro e
racional dessa lei tem o potencial de fazer com que nós ajamos em concordância
com o Amor. Em outras palavras, a compreensão da Lei de Causa e Efeito pode nos
ajudar a tomarmos decisões sábias, em nossas existências, e, conseqüentemente,
a evoluirmos de forma mais eficiente.
O princípio
desta Lei, ensinado pelos espíritos, diz que quando há abuso do livre-arbítrio
a causa e o efeito estão na pessoa: quando se faz o bem ou o mal, a causa está
em na pessoa, e o efeito também.
Claramente, tais leis têm um princípio
semelhante: entretanto são leis diferentes. A semelhança entre essas leis se
baseia no fundamento de que, para cada ação, existirá uma reação; e, para cada
causa, tem-se um efeito. Esse fundamento é algo lógico, para tudo na vida;
entretanto, as maneiras como a Lei de Causa e Efeito e a Lei de Ação e Reação
se processam são completamente diferentes.
Aristóteles
afirmava que "uma pedra de granito poderia se transformar numa estátua
desde que um escultor se dispusesse a esculpi-la". Poderia usar infinitos exemplos,
porém, contentar-me-ei apenas com um: se uma pessoa de tez branca ficar exposta
à irradiação solar, sem proteção alguma, por horas e horas, ela estaria sujeita
a dois tipos de efeitos possíveis: os efeitos determinísticos (1) que são os que aparecem
imediatamente, como queimadura e insolação, e os efeitos estocásticos (2) que podem se manifestar ou não, como
o câncer.
Nosso propósito não é voltado ao
físico inglês, tão pouco a abrangência de causa ou efeito, mas voltado aos
estudos que a doutrina espírita nos oferece sobre a Lei da Ação e Reação, ou do
Karma segundo outros, razão pela qual, de início, buscamos no Dicionário
Aurélio o entendimento etimológico de ação e reação.
Ação - Processo que decorre da natureza ou
do procedimento de um ser, o agente, e de que resulta criação ou modificação da
realidade.
Reação - Ato ou efeito de reagir. Resposta a
uma ação qualquer por meio de outra ação que tende a anular a precedente. Força
que se opõe a outra: luta, resistência.
Ao empreender este estudo temos em
vista autenticar um dos mais fascinantes aspectos da Lei da Reencarnação, nos
seus entrosamentos com o karma.
Aquele que entende a lei do karma,
assim denominada no oriente, que constitui também a lei da ação e reação,
conforme é habitualmente chamada nos países cristãos, é na verdade um
homem sábio.
·
O
“Karma”, o “destino” ou o termo espírita “ação e reação”, quando entendidos sob
este rigoroso ponto de vista, limitam o processo participativo do indivíduo em
seu progresso pessoal.
Equivocadamente nóos acostumamos a
projetar a responsabilidade que nos cabe aos outros. Aceitando o destino
rigidamente determinado responsabilizamos Deus pelas conseqüências de nossos
atos.
O espiritualismo que permeia os
conceitos espíritas traz em seu bojo diversas questões políticas e sociais que precisam ser bem interpretadas para que
estas idéias não venham a ferir o raciocínio critico preciso dos conceitos
ditados a Allan Kardec pelos espíritos.
O que aqui se faz aqui se paga?
·
Sim.
Desrespeitando-se as leis, estas, em desarmonia, giram em torno dos infratores,
até que eles venham reorganizá-las. Todo mal que fazemos é mal que produzimos a
nós mesmos. Os erros que aqui engendramos nos perturbam e devemos resgatá-los
aqui mesmo, na Terra, reeducando-nos.
·
Ninguém
agride impunemente a harmonia universal sem que lhe seja exigida a devida reparação
a iniciar-se pelos processos das culpas instaladas nos escaninhos mais íntimos
da própria consciência que, de forma impostergável, exigira a reparação ceitil
por ceitil.
·
Todos
os Espíritos estão submetidos às leis da natureza, cuja regência é exercida
conforme o grau de conhecimento e responsabilidade de cada um ao praticar uma
ação qualquer. Como a cada ação corresponde uma reação, atuando no bem ou no
mal o Espírito não consegue evadir-se da lei, que abrange qualquer fenômeno
material ou moral.
Se
cada Espírito está a cada dia em modificação do seu carma, temos que o homem
constrói a cada hora o seu futuro, assim como a família, o país, o continente e
a humanidade. Tudo é transformação. O mundo de
há um minuto não é o mesmo de agora.
Família
·
Normalmente,
antes do mergulho do corpo carnal, o Espírito reencarnante estabelece
intercâmbio com os futuros genitores, de cujo concurso necessitam para o
cometimento a empreender.
Os filhos não chegados pela via
normal, não obstante, alcançarão a casa dos sentimentos negados, utilizando-se
de sutis recursos da Vida, que reaproximam os afins pelo amor ou pela rebeldia
quando separados, para as justas reparações.
Chegarão a outros tetos, mas dali
sairão atraídos pelas necessidades propelentes ao encontro da família que lhe é
própria, nem sempre forrados em objetivos relevantes...
- Alguém que te chega, perturbando a
paz...
- Outrem que te rouba pertences e
sossego...
- etc. – todos eles estão vinculados a
ti.
Dor
e Karma
·
A
dor nem sempre deve ser encarada assim, de modo tão radical, pois nem sempre é
resgate de faltas, mas sim um processo de aperfeiçoamento ou de técnica
retificadora, sendo que em muitos casos é apenas o efeito da causa, do ato
sobre o meio em que o espírito atua. Se considerarmos a dor exclusivamente como
resgate de delitos passados, teremos de procurar a origem do sofrimento de todos os animais e mesmo de
muitos missionários e instrutores religiosos que suportam o sofrimento para nos
indicar a senda da Verdade.
Embora não esteja expiando culpas do
passado, é certo que o cão morre triturado sob as rodas dos veículos; o boi
tanto sucumbe nos matadouros como em conseqüência de moléstias, enquanto os
ratos morrem acossados pela peste ou caçados impiedosamente nos cantos sombrios
dos velhos casarões. Desde que se admita o carma como a lei mosaica do “olho
por olho e dente por dente” é evidente que termos de supor que Jesus, pelo fato
de ter sido crucificado deveria estar resgatando delitos do passado.
O pianista que pretende alcançar êxito
na sua carreira artística, ou o cantor que deseja a gloria do sucesso lírico,
sem dúvida terá que se entregar completamente ao seu treinamento e cultura
musical; há de se fatigar inúmeras vezes, vivendo entre as angústias do êxito e
do fracasso, sem que tudo isso queira dizer que se submeteu a um sofrimento
para resgate de faltas! Há um
determinismo, nesse caso, mas é apenas efeito da arte a que o indivíduo se
dedicou, a qual, por ser elevada, exige sacrifícios, aflições, desconforto e
aproveitamento criterioso do tempo.
Qual o sentido da vida material, senão
o de um disciplinado experimento, para que o animal seja domesticado em suas
paixões grosseiras, dando lugar ao anjo glorioso dos planos edênicos? Através
da dor, que tanto atemoriza os seres humanos, opera-se um aperfeiçoamento, pois
as formas inferiores terminam adquirindo qualidades superiores. Na dor mineral,
o carbono bruto se transforma em cobiçado brilhante; na dor vegetal,
a videira podada se cobre depois de flores e frutos sazonados. Na dor animal,
as espécies inferiores alcançam a figura ereta do homem e, na dor humana,
o homem se transfigura em anjo eterno! Em verdade, tudo isso não passa de
um processo benéfico e sublime
disciplinado pela técnica que transforma o inferior em superior.
·
O
que se origina do karma não tem cura; tudo o que é curável não é carma. E como
não sabemos distinguir o que é mal cármico daquele que não o é, temos o dever
de lutar para obter a cura do mal que nos aflige; mas enquanto ela não vem,
sofrer resignadamente.
·
Quando
o perispírito traz em sua matriz a doença ou deficiência naquele órgão, devido
aos desatinos do passado, no qual o Espírito se comprometeu perante a lei. Pode
ser o coração do colérico, o fígado do alcoólatra, os pulmões do fumante...
Devido ao problema cármico, o próprio organismo rejeita o órgão transplantado,
porque já se adaptara se programara para abrigar um órgão deficiente. A matriz
perispiritual do órgão é comprometida, e mesmo que seja removido o órgão doente
e substituído por um outro sadio, não havendo a interferência da equipe
espiritual atuando em conjunto com a equipe médica encarnada, em nenhum
resultado prático redunda o transplante, visto que os técnicos não interferem
na lei cármica.
·
O
perispírito do homem animalizado, cujo teor dos pensamentos se caracteriza pelo
egoísmo, ódio, sensualidade e similares, tornam-se impregnado de fluidos
densos, cuja fuligem tóxica, aderente e nociva, superpõe-se em camadas, a
exigir drenagem para clarificar-se. Quando esse fluído “petrificado” através
dos séculos é atraído pelo magnetismo natural do corpo físico, que funciona qual
esponja absorvente ou redutora de densidade, afeta o tônus vital da célula,
trazendo como conseqüência imediata a redução nas funções de captação do fluido
vital, do teor de oxigênio, forçando-a a sobrecarga de carbono, com efeito
lesivo para o seu núcleo. Sobressai-se o processo cancerígeno, no ponto mais frágil
ou vulnerável do organismo. Movidas pelo instinto de conservação, essas células
deficitárias multiplicam-se desarmoniosamente, na ânsia de reter o oxigênio
escasso. Obedecem à mesma lei da multiplicação de hemácias, quando o indivíduo
passa a habitar grandes altitudes, onde o oxigênio é deficiente.
·
Para melhor entender o “karma”
ou “conta
do destino criada por nós mesmos” convém lembrar que o Governo da Vida
possui igualmente o seu sistema de contabilidade, a se lhe expressar no
mecanismo de justiça inalienável. Se no círculo das atividades terrenas
qualquer organização precisa estabelecer um regime de contas para basear as
tarefas que lhe falem à responsabilidade, a Casa de Deus, que é todo o
Universo, não viveria igualmente sem ordem.
A história de Lenita, em Violetas na
Janela
Desencarnei há muitos anos, fui
assassinada. Foi bem triste e cruel. Sofri muito. Estava noiva, amava e era
amada. Ao voltar do trabalho, à tardinha, sozinha, um homem me rendeu, me
amarrou, tampou minha boca e me levou para um local isolado. Estuprou-me e
feriu-me com uma faca, largando-me num buraco. Desencarnei com muita dor e
agonia. Socorristas me desligaram e levaram para um Posto de Socorro. Julguei
que ainda estava viva, encarnada, não acreditei, não queria nem pensar que
desencarnara, iludi-me de tal modo que até esqueci o que acontecera, só queria
sarar e voltar para perto dos meus. Como não me levaram, fugi, fui para a casa
terrena. Decepcionei-me muito e fiquei magoada. Nada era como antes, meu noivo
nem sentiu minha falta como eu pensei. Já namora outra. Comecei a enlouquecer.
Meus ferimentos voltaram, triste, fiquei a vagar. Só então entendi que
desencarnara, pedi a Deus ajuda com sinceridade. Novamente fui socorrida. Desta
vez, sem ilusão, magoada e triste, tive que fazer um mongo tratamento para me
recuperar. Estava revoltada com a maldade, a lembrança do acontecimento bárbaro
fazia-me entrar em crise de desespero. Foi necessário recordar parte do meu
passado, de uma outra existência, onde vi a ação que fiz para ter esta reação.
Fui, no passado, distante um mercador de escravas jovens e bonitas,
negociava-as para homens de maus instintos.
Livre Arbítrio
·
Pelo
estudo da situação dos Espíritos sabe o homem que a felicidade e a desgraça na
vida espiritual são inerentes ao grau de perfeição e de imperfeição; que cada
um sofre as conseqüências diretas e naturais de suas faltas. Por outras
palavras, que é punido naquilo em que pecou; que essas conseqüências duram
tanto quanto a ação que as produziu; que, assim, o culpado sofreria
eternamente, se eternamente persistisse no mal; mas que o sofrimento cessa com
o arrependimento e a reparação. Ora, como de cada um depende a própria melhora,
em virtude do livre arbítrio, cada um pode prolongar ou abreviar os seus
sofrimentos, assim como o doente sofre as conseqüências de seus excessos,
enquanto nestes não puser um termo.
·
Se
o homem se submetesse rigorosamente às leis divinas, evitaria, sem dúvida, os
mais acerbos males, e viveria feliz sobre a Terra. Se não o faz, é em virtude
de seu livre arbítrio, e disso sofre as conseqüências.
O Bem e o Mal
640.
Aquele que não pratica o mal, mas que se aproveita do mal praticado por outrem,
é tão culpado quanto este?
“É como se o houvera praticado. Aproveitar do mal é
participar dele. Talvez não fosse capaz de praticá-lo; mas, desde que,
achando-o feito, dele tira partido, é que o aprova; é que o teria praticado, se
pudera, ou se ousara.”
·
Quem se aproveita do ambiente
propício ao mal e o pratica, recebe da lei as corrigendas; se vive pensando na
desarmonia dos outros, certamente ela passa a ser gerada dentro de si mesmo.
As oportunidades que surgem para cometer faltas, quando
aproveitadas pelo violento, é problema de sintonia. O mal está dentro dele,
pela presença da ignorância. Estejas certo de que não deves interessar-te pelo
mal, seja ele qual for. Nós fomos feitos por amor. Deus é a perfeição e não
iria nos fazer propensos ao mal.
·
O bem é o progresso e a felicidade,
a segurança e justiça para todos os nossos semelhantes e para todas as
criaturas de nossa estrada, aos quais devemos empenhar as conveniências de
nosso exclusivismo, mas sem qualquer constrangimento por parte de ordenações
puramente humanas, que nos colocariam em falsa posição no serviço, por atuarem
de fora para dentro, gerando, muitas vezes, em nosso cosmo interior, para nosso
prejuízo a indisciplina e a revolta. O bem será, desse modo, nossa decidida
cooperação com a Lei, a favor de todos, ainda mesmo que isso nos custe a
renunciação mais completa, visto não ignorarmos que, auxiliando a Lei do Senhor
e agindo de conformidade com ela, seremos por ela ajudados e sustentados no
campo dos valores imperecíveis.
·
O mal será sempre representado por
aquela triste vocação do bem unicamente para nós mesmos, a expressar-se no
egoísmo e na vaidade, na insensatez e no orgulho que nos assinala a permanência
nas linhas inferiores do espírito.
Oração Dominical
·
Cada
infração das vossas leis, Senhor, é grave ofensa contra vós e é uma dívida
contraída, que havemos de resgatar. Pedimos o indulto da vossa misericórdia,
sob promessa de nos esforçarmos por não contrair novas dívidas.
Fizestes da caridade uma lei
primordial, mas a caridade não consiste somente em socorrer o nosso semelhante
nas necessidades, mas também no esquecimento e perdão das ofensas. Com que
direito reclamaríamos a vossa misericórdia, quando a não tivéssemos com aquele
de quem temos queixas?
Dái-nos, ó meu Deus, as forças para
abafar em nossa alma os ressentimentos, o ódio e o rancor. Permiti que a morte
não nos surpreenda com desejos de vingança no coração. Se vos aprouver
retirar-nos hoje mesmo daqui, fazei com que nos possamos apresentar diante de
vós puros de qualquer animosidade, a exemplo do Cristo, suas últimas palavras
foram de perdão para os seus algozes.
As perseguições que os maus nos fazem
experimentar constitui parte das nossas provações terrestres. Devemos
aceitá-las sem queixume, como a todas as demais provas, nunca maldizendo os
que, por maldade, nos barram o caminho da felicidade eterna, pois dissestes
pela boca de Jesus que eram bem aventurados os que sofressem por amor da
justiça. Bendigamos a mão que nos fere e nos humilha, pois os matadores do corpo
nos fortalecem a alma, e nós seremos exaltados pela nossa humildade.
Bendito seja o vosso nome, Senhor, por
nos haverdes ensinado que a nossa sorte não está irrevogavelmente fixada depois
da morte, pois que acharemos em outras existências os meios de resgatar as
faltas do passado, e de efetuar em nova vida o que não pudermos aqui fazer pelo
nosso adiantamento.
Por
esse meio se explicam todas as anomalias aparentes da vida. Essa luz projetada
sobre o nosso passado, sobre o futuro, é o sinal luminoso da vossa soberana
justiça e infinita bondade.
(1) Determinismo
– Hipótese ou teoria segundo a qual as condições ambientais são os fatores
determinantes das variações nas formas de organização social e nas
configurações culturais.
(2)
Estocástico:
Determinado pelas leis da probabilidade; aleatório.
|
·
Fontes:
– A Faxina – A Gênese – A vida Além da Sepultura – Ação e Reação – Cartas de um
Morto Vivo – Nas Brumas da Mente – Nos Domínios da Mediunidade – O Evangelho
das Recordações – O Livro dos Espíritos – O Perispírito e suas Modelações
– Preces
do Evangelho – S.O.S Família –
Violetas na Janela – Web
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