quarta-feira, 20 de novembro de 2013

PSICOGRAFIA - FIO IMAGINÁRIO




FIO IMAGINÁRIO

A Vida como ela é. Sim, a vida é um fio imaginário que percorremos, como que "na corda bamba". Uns com mais e outros com menos "equilíbrio".
Os sensatos e com o coração no movimento de purificação, caminham servindo e amando ao próximo. São os operários da messe de Jesus, ainda que não se sintam nessa estrutura.
Lembro-me da pergunta: "Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer? Com sede, e te demos de beber? Quando foi que te vimos como forasteiro, e te recebemos em casa, sem roupa, e te vestimos? Quando foi que te vimos doente ou preso, e fomos te visitar?" e, na resposta, me asseguro desta verdade: "Em verdade, vos digo: todas as vezes que me fizestes isso a um destes mais pequenos, que são meus irmãos, foi a mim que o fizestes!".
Bem, no curso da nossa peregrinação terrestre, nascemos e já nos colocamos no fio imaginário: como crianças, precisamos de amparo; quando jovens, conflitamos ou nos entendemos, ainda que nos aprendizados da vida o equilíbrio seja coerente no exercício da reencarnação; no estágio da maturidade, adulto já percorremos um bom "esteio", consciente dos nossos próprios passos.
Bem, se o "peregrino equilibrista" está numa "cadeia" de amor, no seu trajeto terá olhos, ouvidos e todos os órgãos dos sentidos para com os que cruzam na sua linha de reflexão.
Se ao contrário, nem o senso mais condizente o fará afastar-se do seu egoísmo e, de lances em lances, na pretensa investidura da segurança, não terá olhos ou ouvidos para os que se lhe cruzarem o percurso. No entanto, sem que estes possam sustentá-lo, neles ou deles se aproveitará para não "cair" da sua "corda suspensa"; ai, os seus atos serão de desamor.
Mas, no fio imaginário, quer o sintamos quer não, caminhamos para um ponto de chegada e, queiramos ou não, nele estará o juízo final a nos aguardar.
Não haverá condescendência: aos eleitos a direita, ao outros a esquerda. Não haverá julgamento e sim assimilação vibratória. Vibração que nos proporcionará ao coração a morada do pós morte.  Aos que cresceram em espiritualização, serão atraídos pela vibração do cordeiro, ou à direita, como Jesus o disse; ao revés, o oposto é verdadeiro e como cabras serão veiculados à esquerda.
Aqui a separação do joio e do trigo. O agricultor é o que contemplamos em espírito e com o qual nos afinamos no pós morte. Se procedermos no fio imaginário um percurso de elevação e amor, seremos benditos à Casa do Pai. Se nos descuidarmos ou fizermos mau uso das faculdades e possibilidades que tínhamos ao nosso dispor, seremos direcionados ao Vale de Lágrimas e, na sintonia com os que se afinam aos sentimentos e desafetos do amor, entoaremos com os demais o choro e o ranger de dentes.

                                                                 Espírito José de Anchieta
                                                                       Médium – A.C. Ribeiro.

terça-feira, 12 de novembro de 2013

REFLEXÃO - POEMA DA FELICIDADE






Não deixe de ser feliz.
Porque o dia não foi bom.
Porque as horas não renderam.
Porque não alcançou o objetivo...

Não deixe de ser feliz.
Porque brigou com quem ama.
Porque o amigo foi embora.
Porque perdeu a oportunidade...

Não deixe de ser feliz
Porque ainda não sabe tudo.
Porque ainda não tem nada.
Porque o mundo parece imenso...

Não deixe de ser feliz.
Porque te faltaram palavras.
Porque te sobraram mágoas
Porque te nasceram cicatrizes...

Não deixe de ser feliz.
Sabe por quê?

Porque nascerão outros dias,
Porque as horas se repetirão.
Porque os sonhos nunca morrem!
Porque quem te ama perdoa.
Porque os amigos retornam.
E as oportunidades ressurgem!

Seja feliz, pois sempre haverá
Uma razão para isso!!!


Autor desconhecido.

domingo, 10 de novembro de 2013

PAUTA DE ESTUDOS: CLARIVIDÊNCIA / CLARIAUDIÊNCIA





          Entrada em Jerusalém
"Ide ao povoado ali na frente. Logo na entrada encontrareis um jumentinho amarrado, no qual  ninguém nunca montou. Desamarrai-o e trazei-o aqui."  – XXR>Lc. 19:30


Nota: Vemos nesta passagem um ato de Emancipação da Alma, caso de Segunda Vista. Maiores considerações o prezado leitor irá encontrar no Livro dos Espíritos, capitulo VIII e em obras que tenham maiores elucidações sobre Desdobramentos, Sonambulismo, Clarividência e ou similares.




Médiuns
·               Há diferentes gêneros de mediunidade; contudo, importa reconhecer que cada Espírito vive em determinado degrau de crescimento mental e, por isso, as equações do esforço mediúnico diferem de individuo para indivíduo, tanto quanto as interpretações da vida se modificam de alma para alma. As faculdades medianímica podem ser idênticas em pessoas diversas, entretanto, cada pessoa tem a sua maneira particular de empregá-las. Um modelo, em muitas ocasiões, é o mesmo para uma assembléia de pintores, todavia, cada artista fixá-lo-á na tela a seu modo. Uma lâmpada exibirá claridade lirial ou seja, que tem a brancura do lírio, em jacto contínuo, mas, se essa claridade for filtrada por focos múltiplos, decerto estará submetida à cor e ao potencial de cada um desses filtros, embora continue sendo sempre a mesma lâmpada a fulgurar, a resplandecer em seu campo de ação. Mediunidade é sintonia e filtragem. – XEX 107 / 115

Médiuns Intuitivos:
·               Médiuns intuitivos são aqueles que captam os pensamentos dos espíritos. Como os outros médiuns, os intuitivos também servem aos espíritos para suas comunicações. Prestam-se muito para a direção das sessões espíritas e para a doutrinação dos espíritos sofredores, porque instantaneamente sabem quais os pontos a tocar para o esclarecimento deles.
Entretanto, dado a facilidade com que chegam a perceber os pensamentos dos espíritos, as pessoas dotadas da mediunidade intuitiva precisam ser calmas e muito ponderadas. Calmas, para não agirem precipitadamente, ao sabor de qualquer idéia que lhes aflore ao cérebro. Ponderadas, para analisarem muito bem as intuições que recebem.
A leitura assídua do Evangelho é o mais seguro meio de análise das intuições e constitui a melhor defesa contra as intuições malévolas. As intuições que estiverem em desacordo com as lições evangélicas devem ser repelidas. E o médium, cultivando o estudo constante do Evangelho, abre sua faculdade receptiva para as intuições superiores. – XVR 19 / 19

·               A transmissão do pensamento tem lugar também por intermédio do Espírito do médium, ou melhor, de sua própria alma, já que designamos sob esse nome o Espírito encarnado. O Espírito estranho, nesse caso, não age sobre a mão para fazê-lo escrever; ele não a segura, não a guia. Não age sobre a alma com a qual se identifica. A alma, sob este impulso dirige a mão e a mão dirige o lápis; é que o Espírito estranho não se substitui pela alma, porque ele não a pode afastar: ele a domina sem que ela o saiba, e imprime-lhe sua vontade. Nesta circunstância, o papel da alma não é absolutamente passivo; é ela que recebe o pensamento do Espírito estranho e que o transmite. Nesta situação, o médium tem consciência do que escreve, conquanto não seja seu próprio pensamento; ele é o que chamamos de médium intuitivo.

Se é assim, dirão, nada prova que seja antes um Espírito estranho que escreve do que o do médium.  A distinção é, com efeito, algumas vezes bastante difícil de se fazer, mas pode acontecer que isso pouco importe. Todavia podemos reconhecer o pensamento sugerido em que ele jamais é preconcebido; ele nasce a medida que é escrito, e frequentemente ele é contrário à idéia que se tinha formulado anteriormente; ele pode mesmo estar fora dos conhecimentos e da capacidade do médium.XXE 162 it 180

Clarividência – Clariaudiência 
·               A clarividência e a clariaudiência não está localizada nos olhos e nos ouvidos da criatura reencarnada. Os olhos e os ouvidos materiais estão para a vidência e para a audição como os óculos estão para os olhos e o ampliador de sons para os ouvidos – simples aparelhos de complementação. Toda percepção é mental. – XEX 107 / 115

Livro dos Espíritos: 
·               Podem os Espíritos se comunicar, se o corpo está completamente desperto?
         – O Espírito não está encerrado no corpo como numa caixa: ele irradia por todos os lados. Por isso, ele pode se comunicar com outros Espíritos mesmo no estado de vigília, ainda que o faça mais dificilmente. - LE- 420


·               Assim como somos cegos acima ou abaixo de certos padrões visuais e surdos acima ou abaixo de nossas limitações auditivas, também somos cegos e surdos a fenômenos que ocorrem em planos ou dimensões diferentes do nosso, a não ser que sejamos dotados de faculdades especiais para detectá-los. Tais faculdades, porém, não está implantado nos nossos sentidos habituais, como já observamos, e sim, nos centros nervosos que as comandam, pois já vimos que os sensitivos dotados de vidência "vêem" de olhos abertos ou fechados, indiferentemente da mesma forma que os dotados de faculdades audientes (não apenas auditiva), "ouvem" vozes e sons que não vibram no meio ambiente usual da mesma forma como ouvimos o grito de uma criança ou o latido de um cão que nos chega da rua. Propusemos para esses dois tipos de percepção os nomes de visão diencefálica e de audição coclear.  – XCO 10 / 11

Diferentes modalidades de transmissão
·               Há espíritos que preferem ditar as comunicações e o médium vai anotando o que ouve, como um estenógrafo ou uma espécie de taquigrafia. Alguns articulam claramente as palavras enquanto falam, como qualquer pessoa comum que ali estivesse a dizer alguma coisa. Outros não: aproximam-se do médium, colocam a mão sobre a sua cabeça e como que transfundem na mente dele o pensamento puro. Ainda, outros espíritos parecem também falar, mas não se percebe nenhum tipo de articulação das palavras, ou melhor, os lábios deles não se movem. E, no entanto, o médium tem nítida convicção de ouvi-los normalmente e é até capaz de distinguir tons familiares de vos ou modismos de cada espírito, uma vez habituados a eles.  Estamos, pois, diante da audição coclear, ou seja, os espíritos manifestantes movimentam energias específicas junto à cóclea, no ouvido interno, sem nenhuma interferência com a instrumentação auditiva externa que serve para captar sons e  encaminhá-los ao centros nervosos específicos.
Pode ocorrer também, em tais casos, que o médium veja as imagens enquanto os espíritos lhe falam, ou seja, combina-se a visão diencefálica com a audição coclear. -  XCO 41 / 49

Diferentes modalidades de captação de som 
·               O médium nota certa diferença na qualidade do som quanto captado normalmente pelo ouvido externo ou quando levado diretamente à percepção mental. No captado pelo ouvido externo, a característica e equivalente ao de voz ou escrita diretas, dado que parece a captação pelo sistema usual de audição, enquanto o levado diretamente a percepção mental, o efeito sonoro é, ainda que diferente, de uma fonte geradora externa.  Assim, o médium pode ouvir de três maneiras diversas: 1) como se alguém estivesse ali, ao seu lado; 2) ainda aparentemente externo, mas com uma sutil diferença na qualidade do som; 3) o som parece ocorrer "dentro" da sua cabeça, como se não houvesse fonte geradora externa. XXO 284 / 286

Fonte: - A Mediunidade Sem Lágrimas – Bíblia Sagrada – Diversidade dos Carismas – Nos Domínios da Mediunidade –  O Livro dos Espíritos O Livro dos Médiuns–



PSICOGRAFIA - HUMILDE CONSCIÊNCIA





Humilde Consciência

Senhor Mestre Jesus, eu o vejo no calvário das nossas consciências a pedir a Deus que nos transformemos em mercadores do teu amor.
Senhor Mestre Jesus, eu o vejo sofrendo por nós que o crucificamos nos nossos sentimentos quando nos afastamos de amar ao nosso próximo.
Senhor Mestre Jesus, eu espero que pela tua bondade eu possa compenetrar-me das tuas dores e ter para com todos os solidários afetos que tendes por nós.
Senhor Mestre Jesus, na amargura que estas em mostrar-nos que estas ao lado não de irmãos deploráveis à direita ou a esquerda, como companheiros de agruras, mas vejo que centralizas em nossa consciência a amargura do sofrimento na crucificação do nosso desatino cristão.
Senhor Mestre Jesus, sei que no alto do nosso pensamento, como no gólgata, oras a Deus e por mais de uma vez pede que Ele nos perdoe por não sabermos o que fazemos.
Senhor Mestre Jesus, sei que o espírito é eterno e não o entregas à Deus quando o estamos crucificando em nossas tristes ilusões mundanas, mas que pedes a clemência Dele para que nos torne a consciência renovada e elevada frente aos princípios de efemeridade.
Senhor Mestre Jesus, que a benção do Criador, ao ampará-lo pelo sofrimento e pesar que te incutimos, pelas nossas faltas, possa servir de eterno sentimento de renovação para nós.
Ore por nós Senhor e nos perdoe pelo momento de afastamento que colocamos dentre nós.
Assim seja,
Espírito José de Anchieta

Médium: A.C.Ribeiro


AGENERES - APARIÇÕES - TRANSFIGURAÇÕES

·                              De  tarde,  os  dois  anjos chegaram  a  Sodoma.    Ló  estava sentado  à  porta  da cidade.  Ao vê-los,  Ló  se  levantou,  saiu-lhes   ao encontro, prostrou-se  com  o  rosto em terra e disse:  "Meus  Senhores, rogo-vos  que  venhais  à   casa  de vosso servo para lavardes os pés e pernoitardes.     Amanhã  cedo,   ao despertar,          seguireis       vosso caminho".    Mas eles responderam: "Não, nós vamos passar a noite na praça. " Ló  insistiu muito com eles, de  modo  que  foram  com ele para casa, onde lhes preparou um jantar e  alguns  pães,  e  eles  comeram.  
Gn 19:1 / 19:29 –       Destruição de Sodoma e Gomorra.

·               Naquele mesmo dia, o primeiro da semana, dois dos discípulos iam para um povoado chamado Emaus, a uns dez quilômetros de Jerusalém. Conversavam sobre todas as coisas que tinha acontecido.  Enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e começou a caminhar com eles. Os seus olhos, porém, estavam como vendados, incapazes de reconhecê-lo. Então Jesus perguntou: "o que andais conversando pelo caminho?"  - Lc. 24:13 / 24:35 – Os discípulos de Emaus.

·               Agêneres é o estado de certos Espíritos que podem revestir momentaneamente as formas de uma pessoa viva, a ponto de causar completa ilusão. – Do grego a privativo, e géine, geinomal geral; que não foi gerado.
Um Espírito superior, perguntado  sobre esse ponto, respondeu que, com efeito, podem-se encontrar seres dessa natureza sem disso duvidar; acrescentou que é raro, mas que isso se vê. Como para se entender é preciso um nome para cada coisa, a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas chama-os de agêneres para indicar que sua origem não é o produto de uma geração. O fato seguinte, que se passou em Paris, parece pertencer a essa categoria.
Uma pobre mulher estava na Igreja de Saint-Roch, e pedia a Deus vir em ajuda de sua aflição. Em sua saída da igreja, na Rua Saint-Honoré, ela encontrou um senhor que a abordou dizendo-lhe: "Minha brava mulher, estaríeis contente por encontrar trabalho? – Ah! Meu bom senhor, disse ela, pedia a Deus que me fosse achá-lo, porque sou bem infeliz. – Pois bem! Ide a tal rua, em tal número; chamareis a senhora T...; ela vo-lo dará". Ali continuou seu caminho. A pobre mulher se encontrou, sem tardar, no endereço indicado – Tenho, com efeito, trabalho a fazer, disse a dama em questão, mas como ainda não chamei ninguém, como ocorre que vem me procurar? A pobre mulher, percebendo um retrato pendurado na parede, disse: - Senhora foi esse senhor ali, que me enviou. – Esse senhor! Repetiu a dama espantada, mas isso não é possível; é o retrato de meu filho, que morreu há três anos. – Não sei como isso ocorre, mas vos asseguro que foi esse senhor, que acabo de encontrar saindo da igreja onde fui pedir a Deus para me assistir; ele me abordou, e foi muito bem ele quem me enviou aqui.

·               O perispírito é invisível para nós em seu estado normal; porém, como é formado de matéria etérea, o Espírito pode, em certos casos, lhe fazer receber, por um ato de sua vontade, uma modificação molecular que o torna momentaneamente visível. É assim que se produzem as aparições, as quais, como também outros fenômenos, não estão fora das leis da natureza. Este fenômeno não é mais extraordinário que o do vapor, o qual é invisível quando é muito rarefeito, e torna-se visível quando é condensado.
Segundo o grau de condensação do fluido perispiritual, a aparição é algumas vezes vaga e vaporosa; outras vezes é mais nitidamente definida; de outras, enfim, tem todas as aparências da matéria tangível; pode mesmo chegar a tangibilidade real, ao ponto em que se pode duvidar da natureza do ser que temos diante de nós.
As aparições vaporosas são freqüentes, e sucede muitas vezes que indivíduos assim se apresentam às pessoas a quem tem afeição. As aparições tangíveis são mais raras, embora haja delas numerosos exemplos, perfeitamente autênticos. Se o Espírito deseja fazer-se conhecido, dará a seu envoltório todos os sinais exteriores que tinha quando viva.
Deve-se notar que as aparições tangíveis não têm senão as aparências da matéria carnal, porém, não as suas qualidades; em razão de sua natureza fluídica, não podem ter a mesma coesão, porque, na realidade, não se trata de carne.  Elas se formam instantaneamente, e do mesmo modo desaparecem, ou se evaporam pela desagregação das moléculas fluídicas. Os seres que se apresentam nestas condições não nascem nem morrem como os outros homens; são vistos, e depois não são vistos mais, sem saber de onde vieram, como vieram, nem aonde vão; não se poderia matá-los, nem os acorrentar, nem os prender, pois que não possuem o corpo carnal. Os golpes que lhes fossem infligidos o seriam no vácuo.
Tal é o caráter dos agêneres, com os quais podemos tratar, sem duvidar do que sejam, mas que jamais demoram por muito tempo, e não podem tornar-se comensais habituais de uma casa, nem figurar entre os membros de uma família.
Aliás, há em toda sua pessoa, em seus ademanes, (1) algo de estranho e de insólito que se relaciona com a materialidade e com a espiritualidade: seu olhar, vaporoso e penetrante ao mesmo tempo, não tem a nitidez do olhar dos olhos da carne; sua linguagem breve e quase sempre sentenciosa, nada tem do brilho e da volubilidade da linguagem humana; sua aproximação faz experimentar uma sensação particular indefinível de surpresa, que inspira uma espécie de medo, e embora os tomemos por indivíduos iguais aos demais do mundo, involuntariamente se diz: Eis um ser singular.

·               O desaparecimento do corpo de Jesus de, pois de sua morte foi objeto de inúmeros comentários. É atestado pelos quatro Evangelistas, baseados nos relatos das mulheres que se dirigiram ao sepulcro no terceiro dia e ali não o encontraram. Uns viram neste desaparecimento um fato milagroso, outros supuseram um rapto clandestino.
Segundo uma outra opinião, Jesus não teria tido jamais um corpo carnal, mas somente um corpo fluídico; não teria sido em toda a sua vida senão uma aparição tangível, numa palavra, uma espécie de agêneres. Seu nascimento, sua morte e todos os atos materiais de sua vida não teriam sido senão aparentes. Foi por isso – dizem – que seu corpo, voltando ao estado fluídico, desapareceu do sepulcro, e foi com aquele mesmo corpo que ele teria aparecido após sua morte.
Sem dúvida, semelhante fato não é radicalmente impossível, de acordo com o que se sabe hoje sobre as propriedades dos fluidos; porém, seria pelo menos totalmente excepcional e em oposição formal com o caráter dos agêneres. A questão é, pois, saber se uma tal hipótese é admissível, se é confirmada ou contestada pelos fatos.

A permanência de Jesus na Terra apresenta dois períodos: o que precedeu e o que se seguiu à sua morte. No primeiro, desde o momento da concepção até o do nascimento, tudo se passa, com sua mãe, como nas condições comuns da vida. Desde seu nascimento até sua morte, tudo em seus atos, em sua linguagem e nas diversas circunstâncias de sua vida, apresenta características inequívocas da corporeidade. Os fenômenos de ordem psíquica que se produzem nele são acidentais e nada têm de anormal, pois podem ser explicados pelas propriedades do perispírito e são encontrados em diferentes graus em outros indivíduos.

O simples fato de se cavoucar uma parte do solo e não se encontrarem nele fios telegráficos, não prova a existência do telegrafo sem fio. O Mestre não teceu melodramas em torno da sua desencarnação, porquanto era sumamente inteligente e honesto para lançar qualquer conceituação duvidosa pra o futuro. Sabia que a sua obra era de caráter definitivo e que seria profundamente discutida no tempo de sua maior propagação, como acontece atualmente. Por esse motivo, sempre evitou tratar de assuntos dúbios ou infantilizados. Não é sua a culpa de os homens o haverem cercado de tantas lendas e milagres que lhe obscurecem a realidade tão simples: um anjo num corpo de homem! Encerrada a sua tarefa sacrificial e comprovada a sua atitude Cristico, que seria o cunho indiscutível de sua personalidade, para a posteridade, Jesus imitou o artista que, após terminar a execução primorosa da sua obra, guarda tranquilamente o seu instrumento na caixa. Assim, terminada a sua missão terrena, Jesus guardou o seu corpo no túmulo. Mozart, Bach, Mayden, não mais existem como figuras físicas recortando o cenário terráqueo; no entanto, suas melodias admiráveis ainda animam os tristes e emocionam os seus devotos! Que importam os corpos desses gênios da música, quando duas composições estão vivas na alma dos seres? Que importa, também, o acontecido com o corpo de Jesus, quando a sua Divina Melodia Evangélica perpassa continuamente pelo vosso mundo e arranca almas atribuladas dos abismos das trevas; transforma muitos Herodes em Vicentes de Paula, homens em anjos e Saulos em Paulos! Assim como diante da melodia encantadora é prosaico perturbar o ambiente, discutindo-se sobre a qualidade da madeira do violino que está em mãos do concertista, também ante a Mensagem de Amor, do Evangelho, e do sacrifício de Jesus, é importuno preocuparmo-nos com a natureza do seu corpo.
Já que quereis saber a verdade, dir-vos-emos que o corpo de Jesus foi transferido, altas horas da noite, por Pedro e José de Arimatéia, para um jazigo de propriedade deste último, que era devotadíssimo ao Mestre, e que, assim, evitavam que os sacerdotes incentivassem os fanáticos a depredarem o túmulo do Messias, a quem não queriam reconhecer como Líder Espiritual.

(1) Movimentos (principalmente das mãos) para exprimir idéias; gestos, trejeitos.


Fonte: A Gênese – O Livro dos Médiuns – Bíblia Sagrada – Mensagens do Astral – Revista Espírita


quinta-feira, 7 de novembro de 2013

CONHEÇA O ESPIRITISMO

                                                               

CONHEÇA  O  ESPIRITISMO

 Tendo em vista que comumente surgem informações relacionando a Doutrina Espírita com as atividades de jogos de tarô, cartas, quiromancia e outras, a Federação Espírita Brasileira esclarece como se desenvolve a prática espírita:
v            Toda a prática espírita é gratuita, como orienta o principio moral do Evangelho: "Daí de graça o que de graça recebestes".
v            A prática espírita é realizada com simplicidade, sem nenhum culto exterior, dentro do principio cristão de que Deus deve ser adorado em espírito e verdade.
v            O Espiritismo não tem sacerdotes e não adota e nem usa em suas reuniões e em suas práticas: altares, imagens, andores, velas, procissões, sacramentos, concessões de indulgência, paramentos, bebidas alcoólicas ou alucinógenas, incenso, fumo, talismãs, amuletos, horóscopos, cartomancia, pirâmides, cristais ou quaisquer outros objetos, rituais ou formas de culto exterior.
v            O Espiritismo não impõe os seus princípios. Convida os interessados em conhecê-lo a submeterem os seus ensinos ao crivo da razão, antes de aceitá-los.
v            A mediunidade, que permite a comunicação dos Espíritos com os homens, é uma faculdade que muitas pessoas trazem consigo ao nascer, independentemente da religião ou da diretriz doutrinária de vida que adotem.
v            Prática mediúnica espírita só é aquela que é exercida com base nos princípios da Doutrina Espírita e dentro da moral cristã.
v            O Espiritismo respeita todas as religiões e doutrinas, valoriza todos os esforços para a prática do bem e trabalha pela confraternização e pela paz entre todos os povos e entre todos os homens, independentemente de sua raça, cor, nacionalidade, crença, nível cultural ou social. Reconhece, ainda, que o "verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza".

"Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sempre, tal é a lei."

"Fé inabalável só o é a que pode encarar frente a frente a razão,
em todas as épocas da Humanidade."
Allan Kardec


                                                 Fonte: Federação Espírita Brasileira