domingo, 29 de abril de 2012

VIDEO - RETROCOGNIÇÃO INFANTIL

                     Lembrança de vida passada - Caso James
Sobre mesmo tópico, uma sugestão: Minha Vida em Outra Vida - e - Violetas na Janela são filmes de maiores metragens que tratam do mesmo assunto. Para visualização, acesse o Google ou em video-locadoras.

EMANCIPAÇÃO DA ALMA


   É muito comum ver imagens em nossa tela mental na hora de dormir. Principalmente, na hora em que estamos no estado hipnagógico (estado alterado da consciência fronteiriço entre a vígilia e o sono, conhecido popularmente como cochilo) podem surgir imagens clarividentes em nosso chacra frontal. Nesse momento, seres extrafísicos podem interagir com essas imagens e plasmarem certas cenas para a pessoa ver. Estas experiências já aconteceram comigo.
   Mãos invisíveis podem abrir livros na tela mental de alguém e a pessoa lê em segundos tudo que está lá. A mente consciente pode não registrar isso no estado de vigília, mas aquele conhecimento está registrado no subconsciente, e de alguma maneira ele emergirá como idéias e intuições providenciais nos momentos apropriados.

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   As experiências fora do corpo são abordadas em várias linhas espiritualistas. Dependendo de época, local e influências culturais ou místicas, há nomenclaturas variadas para essa experiência. Por exemplo: "Viagem astral" (Ocultismo); "Projeção astral" (Teosofia); "Experiência fora do corpo" (Parapsicologia); "Projeção da consciência" (Projeciologia); "Projeção do corpo psíquico" (Rosacruz); "Emancipação da alma", "Desprendimento espiritual" ou "Desdobramento espiritual" (Espiritismo); "Viagem da alma" (Ecanckar); "Viagem fora do corpo" (pesquisadores parapsíquicos).
   Devido à grande variedade de nomes, há uma certa confusão em relação ao tema. Já ouvi dizer que viagem astral não é o mesmo que desdobramento espiritual, que , por sua vez, não é o mesmo que projeção. Na verdade, é tudo uma questão de nomenclaturas diferentes.

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   A percepção extra-sensorial abrange e explica uma enorge gama de fenomenos como a telepatia (leitura mental), a clarividência (vidência de alguma coisa que está acontecendo em algum lugar), a claraudiência (quando a informação é ouvida), a presciência ou precognição (conhecimento antecipado de fatos futuros), a psicocinesia (o poder do espírito sobre a matéria), a retrocognição (conhecimento de acontecimentos passados), etc.
   Essas manifestações psíquicas não constituem novidades. Elas estão registradas na cultura de todos os povos.
   As pessoas que eram dotadas de um desenvolvimento maior dessa faculdade ou sexto sentido, nas culturas mais primitivas, eram os pagés ou feiticeiros; nas culturas mais evoluídas eram os profetas, os gurus ou os mestres. Os gregos e os romanos consultavam seus profetas antes de irem para as guerras. São inumeráveis os exemplos de filósofos, religiosos, artistas e cientistas que demonstraram possuir essa faculdade.
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Fonte: CVDEE (Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo)

terça-feira, 24 de abril de 2012

TRIPLICE ASPECTO DA DOUTRINA ESPIRITA

                                    ESTUDO SISTEMATIZADO DA DOUTRINA ESPÍRITA
                                            Módulo I – Introdução ao Estudo do Espiritismo
                                                    Tríplice Aspecto da Doutrina Espírita

1 – O Tríplice aspecto da Doutrina Espírita

 O tríplice aspecto da Doutrina Espírita ressalta da própria conceituação que lhe dá Allan Kardec, conforme citação feita : “O Espiritismo é ao mesmo tempo, uma ciência de observação e uma doutrina filosófica. Como ciência pratica, ele consiste nas relações que se estabelecem entre nós e os Espíritos; como filosofia, ele compreende todas as consequências morais que dimanam dessas mesmas relações.

 O espiritismo se apresenta sob três aspectos diferentes: o das manifestações, o dos princípios e da filosofia que delas decorrem e o da aplicação desses princípios. Daí, três classes, ou antes, três graus de adeptos: 1º. Os que creem nas manifestações e se limitam a comprová-las; para esses, o Espiritismo é uma ciência experimental; 2º. Os que lhe percebem as consequências morais; 3º. Os que praticam ou se esforçam por praticar essa moral. Qualquer que seja o ponto de vista, cientifico ou moral, sob que considerem esses estranhos fenômenos, todos compreendem constituírem eles uma ordem, inteiramente nova, de ideias que surge e da qual não pode deixar de resultar uma profunda modificação no estado da humanidade e compreendem igualmente essa modificação não pode deixar de operar-se no sentido do bem.

 Assim, consoante as palavras de Kardec, podemos identificar o tríplice aspecto do Espiritismo:
a. Científico – concernente às manifestações dos Espíritos
b. Filosófico – respeitante aos princípios, inclusive morais em que se assentam a sua doutrina.
c. Religioso – Relativo à aplicação desses princípios.

2 – O Aspecto Científico

 Nenhuma ciência existe que haja saído prontinha do cérebro de um homem. Todas, sem exceção de nenhuma, são fruto de observações sucessivas, apoiadas em observações precedentes, como em um ponto conhecido, para chegar ao desconhecido. Foi assim que os Espíritos procederam, com relação ao Espiritismo. Daí o ser gradativo o ensino que ministram.

 Os fatos ou fenômenos espíritas, isto é, produzidos por Espíritos desencarnados, são a substância mesma da ciência espírita, cujo objeto é o estudo e conhecimento desses fenômenos, para a fixação das leis que os regem. Eles constituem o meio de comunicação entre o nosso mundo físico e o mundo espiritual, de características diferentes, mas que não impedem o intercambio que sempre houve, entre os vivos e os mortos, segundo a terminologia usual.

 O caráter cientifico deflui ainda das seguintes conclusões de Allan Kardec :
“O Espiritismo, pois, não estabelece como princípio absoluto senão o que se acha evidentemente demonstrado, ou o que ressalta logicamente da observação. Entendendo com todos os ramos da economia social, aos quais dá o apoio das suas próprias descobertas, assimilará sempre todas as doutrinas progressivas, de qualquer ordem que sejam, desde que hajam assumido o estado de verdades práticas e abandonado o domínio da utopia, sem o que ele se suicidaria. Deixando de ser o que é, mentiria à sua origem e ao seu fim providencial. Caminhando de par com o progresso, o Espiritismo jamais será ultrapassado, porque, se novas descobertas lhe demonstrassem estar em erro acerca de um ponto qualquer, ele se modificaria nesse ponto. Se uma verdade nova se revelar, ele a aceitará.”

        Gabriel Delanne, em sua obra O Fenômeno Espírita também salienta o papel cientifico do Espiritismo, quando diz:
 “O Espiritismo é uma ciência cujo fim é a demonstração experimental da existência da alma e sua imortalidade, por meio de comunicações com aqueles aos quais impropriamente têm sido chamados mortos. Sendo assim, a Ciência Espírita se classifica entre as ciências positivas ou experimentais e se utiliza do método analítico ou indutivo, porque observa e examina os fenômenos mediúnicos, faz experiências, comprova-os.”

3 – O aspecto Filosófico

 O aspecto filosófico do espiritismo vem destacado na folha de rosto de O Livro dos Espíritos, primeira obra do Espiritismo, quando Allan Kardec classifica a nova doutrina de Filosofia Espiritualista.

 Na conclusão da mesma obra, Kardec enfatiza:
 “Falsíssima ideia formaria do Espiritismo quem julgasse que a sua força lhe vem da pratica das manifestações materiais e que, portanto, obstando-se a tais manifestações, se lhe terá minado a base. Sua força está na sua filosofia, no apelo que dirige à razão, ao bom senso.
 De fato, o Espiritismo é uma doutrina essencialmente filosófica, embora seus princípios sejam comprovados experimentalmente, o que lhe confere também o caráter cientifico. Quando o Homem pergunta, interroga, cogita, quer saber o “como” e o “porque” das coisas, dos fatos, dos acontecimentos, nasce a FILOSOFIA, que mostra o que são as coisas e porque são as coisas o que são.”

 Em verdade o homem quer justificar-se a si mesmo e ao mundo em que vive, ao qual reage e do qual recebe contínuos impactos, procura  compreender como as coisas e os fatos se ordenam, em suma, deseja conhecer sempre mais e mais.

 O Caráter filosófico do Espiritismo está, portanto, no estudo que faz do homem, sobretudo Espírito, de seus problemas, de sua origem e de sua destinação. Esse estudo leva ao conhecimento do mecanismo das relações dos Homens que vivem na Terra com aqueles que já se despediram dela, temporariamente, pela morte, estabelecendo as bases desse permanente relacionamento, e demonstra a existência, inquestionável, de algo que tudo cria, tudo comanda, inteligentemente – DEUS.

 Definindo as responsabilidades do Espírito – quando encarnado (alma) e também do desencarnado, o Espiritismo é Filosofia, uma regra moral de vida e comportamento para os seres da Criação, dotados de sentimento, razão e consciência.

4 – O aspecto religioso

 O Espiritismo é uma Doutrina Filosófica de efeitos religiosos, como qualquer filosofia espiritualista, pelo que forçosamente vai ter às bases fundamentais de todas as religiões: Deus, a alma e a vida futura. Mas, não é uma religião constituída, visto que não tem culto, nem rito, nem templos e que, entre seus adeptos, nenhum tomou, nem recebeu titulo de sacerdote ou de sumo sacerdote.

 No discurso de abertura da Sessão Anual Comemorativa dos Mortos, na Sociedade de Paris, publicado na Revista Espirita de dezembro de 1968, Allan Kardec, respondendo à pergunta  “O Espiritismo é uma religião?”, afirma, a certa altura:
 “O laço estabelecido por uma religião, qualquer que lhe seja o objeto, é, pois, um laço essencialmente moral, que religa os corações, que identifica os pensamentos, as aspirações, e não é somente o fato de compromissos materiais, que se quebram à vontade, ou do cumprimento de fórmulas que falam aos olhos mais do que ao espírito. O efeito desse laço moral é de estabelecer entre aqueles que une, como consequência da comunhão de objetivos e de sentimentos, a fraternidade e a solidariedade, a indulgência e a benevolência mútuas. É nesse sentido que se diz também: a religião da amizade, a religião da família.
Se assim é, dir-se-á, o Espiritismo é, pois, uma religião? Pois bem, sim! sem dúvida, Senhores; no sentido filosófico, o Espiritismo é uma religião, e disto nos glorificamos, porque é a doutrina que fundamenta os laços da fraternidade e da comunhão de pensamentos, não sobre uma simples convenção, mas sobre as bases mais sólidas: as próprias leis da Natureza.
Por que, pois, declaramos que o Espiritismo não é uma religião? Pela razão de que não há senão uma palavra para expressar duas ideias diferentes, e que, na opinião geral, a palavra religião é inseparável da de culto; que ela desperta exclusivamente uma ideia de forma, e que o Espiritismo não a tem. Se o Espiritismo se dissesse religião, o público não veria nele senão uma nova edição, uma variante, querendo-se, dos princípios absolutos em matéria de fé; uma casta sacerdotal com um cortejo de hierarquias, de cerimônias e de privilégios; não o separaria das ideias de misticismo, e dos abusos contra os quais a opinião frequentemente é levantada. O Espiritismo, não tendo nenhum dos caracteres de uma religião, na acepção usual da palavra, não se poderia, nem deveria se ornar de um título sobre o valor do qual, inevitavelmente, seria desprezado; eis porque ele se diz simplesmente: doutrina filosófica e moral.”
 Em suma, concluímos com Emmanuel:
 “Podemos tomar o Espiritismo, simbolizado como um triangulo de forças espirituais. A Ciência e a Filosofia vinculam à Terra essa figura simbólica, porem, a Religião é o ângulo divino que a liga ao céu. No seu aspecto cientifico e filosófico, a doutrina será sempre um campo nobre de investigações humanas, como outros movimentos coletivos, de natureza intelectual que visam ao aperfeiçoamento da humanidade. No aspecto religioso todavia, repousa a sua grandeza divina, por constituir a restauração do Evangelho de Jesus Cristo, estabelecendo a renovação definitiva do homem, para a grandeza do seu imenso futuro espiritual.”

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VIDEO - ESTUDO SOBRE O PERISPÍRITO, DESDOBRAMENTOS, OVÓIDE, CHACRAS, ETC.

domingo, 22 de abril de 2012

TEORIA - LE - 559 - 560-561 - 564 - 565 - 566 - 570 -

                              LE - 559 - 560-561 - 564 - 565 - 566 - 570 -

                                      LIVRO II -  CAPÍTULO X 

                           OCUPAÇÕES E MISSÕES DOS ESPÍRITOS

559 - Os Espíritos inferiores e imperfeitos cumprem também um papel útil no Universo?
560 - Os Espíritos têm cada um, funções especiais?
561 - As funções que os Espíritos cumprem na ordem das coisas são permanentes para cada um e estão nas atribuições exclusivas de certas classes?
- Todos têm deveres a cumprir. Na vida material, o último dos pedreiros ou o servente não concorre para construir o edifício tão bem como o arquiteto? Pois bem: da mesma maneira os Espíritos mais atrasados são úteis ao conjunto: enquanto eles se ensaiam para a vida, e antes de ter plena consciência de seus atos e do seu livre arbítrio, agem sobre certos fenômenos, de que são agentes sem o saberem. Primeiro, executam; mais tarde, quando sua inteligência estiver mais desenvolvida, comandarão e dirigirão as coisas do mundo material. Mais tarde ainda, poderão dirigir as coisas do mundo moral. É assim que tudo serve tudo se encadeia na natureza, desde o átomo primitivo até o arcanjo, pois ele mesmo começou pelo átomo. Admirável lei de harmonia, de que a nossa inteligência limitada ainda não pode abranger o conjunto!
- Isso quer dizer que todos nós devemos habitar em toda a parte e adquirir o conhecimento de todas as coisas, presidindo sucessivamente a todos os componentes do Universo. Mas, como está dito no Eclesiastes - (3:1) - “para tudo há um tempo, para cada coisa há um momento debaixo dos céus”, assim, tal cumpre, hoje, seu destino neste mundo, tal cumprirá ou cumpriu, em outra época, sobre a Terra, na água, no ar, etc.
- Todos devem percorrer os diferentes graus da escala para se aperfeiçoar. Deus, que é justo, não poderia querer dar a uns a ciência sem trabalho, enquanto que outros não a adquirem senão com sacrifício.
Da mesma forma entre os homens, ninguém alcança um supremo grau de habilidade em uma arte qualquer, sem haver adquirido os conhecimentos necessários na prática das partes mais intimas dessa arte.

564 - Entre os Espíritos, há os que são ociosos ou que não se ocupem com alguma coisa útil?
565 - Os Espíritos examinam nossos trabalhos de arte e se interessam por eles?
566 - Um Espírito que teve uma especialidade sobre a Terra, um pintor, um arquiteto, por exemplo, se interessa de preferência pelos trabalhos que foram objeto de sua predileção durante a vida?
570 - Os Espíritos penetram sempre os desígnios que estão encarregados de executar?
- Entre os Espíritos há os que são ociosos e não se ocupam de alguma coisa útil, mas esse estado é temporário e subordinado ao desenvolvimento de sua inteligência. Certamente há, como entre os homens, os que não vivem senão para si mesmos; mas essa ociosidade lhes pesa e, cedo ou tarde, o desejo de avançar lhes faz experimentar a necessidade da atividade e eles são felizes em poder se tornar úteis. Falamos dos Espíritos que alcançaram o ponto de ter consciência de si mesmos e seu livre arbítrio, pois, em sua origem, são como crianças que acabam de nascer e que agem mais por instinto que por uma vontade determinada.
- Os Espíritos examinam não somente os nossos trabalhos, mas o que possa evidenciar a sua elevação e o seu progresso.
- Tudo se confunde num fim geral. Se o Espírito é bom, interessa-se tanto quanto lhe seja permitido se ocupar para ajudar as almas a se elevarem até Deus. Diga-se, aliás, que um Espírito que praticou uma arte na existência que o conhecemos, pode vir a praticar uma outra em outra existência, porque é preciso que ele saiba tudo para ser perfeito. Assim, segundo seu grau de evolução, pode não haver mais especialidade para ele; é o que entendo dizendo que tudo se confunde num fim geral. Ressaltamos ainda isto, segundo nossos orientadores espirituais: o que é sublime para nós, em nosso mundo atrasado, não é senão criancice perto dos mundos mais avançados. Assim, como querer que os Espíritos que habitam esses mundos, onde existem artes desconhecidas para nós, admirem isso que, para eles, não é mais que uma obra de escolar? Eu o disse: eles examinam aquilo que pode provar o progresso.
- Concebemos que deve ser assim para os Espíritos mais avançados; contudo, ao falarmos dos Espíritos mais vulgares e que não se elevaram ainda acima das idéias terrestres é diferente; seu ponto de vista é mais limitado e eles podem admirar aquilo que nós encarnados admiramos.
- Os Espíritos nem sempre compreendem os desígnios que estão encarregados de executar; há os que são instrumentos cegos, mas outros sabem muito bem com que objetivo agem.

TEORIA - LE - 2 INFINITO

                                                  LE - 2 INFINITO 

                                                LIVRO PRIMEIRO 

                                             CAPITULO PRIMEIRO

2 – Que se deve entender por Infinito?

O que não tem começo e nem fim; o desconhecido; tudo o que é desconhecido é infinito.

Na busca de amplificação, de parâmetros ou diferentes definições, e mesmo de algo que possa melhor valer para um bom juízo sobre o que se deve entender por infinito, intentamos nossa pesquisa.
Os espíritos se referem ao Universo. Por isso, conquanto tudo quanto nele conhecemos tem começo e tem fim; tudo quanto não conhecemos se perde no infinito, é oportuno, sugestivamente, que sua observância seja focalizada pelo prisma de algumas ciências; conseqüentemente, teremos múltiplos aspectos para o tema.
Não temos pretensão em divergir da resposta dos espíritos, mas de ressaltar seu caráter religioso. A rigor somos partidários desse posicionamento. Assim, escusamo-nos em sugerir ao leitor que a consideração dos espíritos esteja acima de quaisquer outros conceitos que possam lhes insurgir ao final das nossas considerações.
• Na Idade Média, inúmeras abordagens foram feitas em relação à natureza do infinito. Mas todas elas incapazes de produzir o efeito pretendido. Os pensamentos, proposições ou argumentos que contrariava os princípios básicos e gerais relacionados com o infinito, tornaram-se famosos na Grécia. Aristóteles, por exemplo, fez várias considerações a respeito que foram utilizadas para grandes especulações metafísicas (1) sobre a natureza do infinito.

(1) Estudo filosófico dos princípios e das causas das coisas.

• Na Gênese, Kardec deixa o campo exclusivamente doutrinário para a faixa de relações da Ciência com as demais Ciências, revelando de maneira prática as contribuições do Espiritismo para o desenvolvimento da nossa cultura. Neste livro, no tema Diversidade dos Mundos, do capítulo VI, os Espíritos falam das regiões imensas do Espaço. Na pergunta 58, na excursão com os Espíritos, o médium, no estado de alma emancipada, provavelmente, sob o efeito do desdobramento ou sonambulismo, visita regiões imensas do Espaço. Debaixo de suas vistas, os sóis sucederam aos sóis, os sistemas aos sistemas, as nebulosas as nebulosas, tendo o panorama esplêndido da harmonia dos Cosmos se desenrolado ante seus “passos”, ao que, conseqüentemente, experimentou um sentimento aprazível da idéia do Infinito.
• A consciência espiritual do homem, à medida que cresce esfericamente, funde os limites do tempo e do espaço, para atuar noutras dimensões indescritíveis; abrange, então, cada vez mais, a magnificência real do Universo em si mesma, e se transforma em Mago a criar outras consciências, menores em sua própria Consciência Sideral.
A criatura humana, que vive adstrita ao simbolismo de tempo e espaço, precisa de ponto de apoio para firmar sua mente e compreender algo da criação cósmica e da existência de Deus.
• Do ponto de vista matemático, Infinito é aquilo que não possui fim.
Assim, os números naturais são uns exemplos de um conjunto infinito, ou seja, que não tem fim, não acaba nunca. O símbolo do infinito (um "oito deitado") representa esta idéia de algo a que nunca se chega.
Em 1851 foi publicado, em língua alemã, um pequeno livro intitulado “Paradoxos do infinito” de autoria de Bernard Bolzano. A publicação foi feita três anos depois de sua morte e trata-se de uma nova e original maneira de abordar o conceito de infinito. Conceito esse que trás consigo inúmeros paradoxos como veremos.
O primitivo infinito que nos deparamos tem sua origem no nosso princípio da contagem; todos nós contamos e ordenamos; um, dois, três..., o primeiro, o segundo..., e a noção de cardinalidade (quantidade) se confunde com a noção de ordinal. Apesar de não experimentarmos o infinito, podemos discerni-lo, pois ao contar, percebemos através do discernimento, que podemos sempre acrescentar mais um. Essa é a primeira noção de infinito, o infinitamente grande. Quando no século XVII Pascal exclama: “o silêncio desses espaços infinitos me apavora”, nos mostra a crise provocada pelo renascimento ao contrapor um espaço infinito à cosmologia finita de Aristóteles.
• Segundo a astronomia, Infinito é o que não possui fronteiras ou limites.
Essa definição indica que o Universo pode ser uma "ilha" de galáxias em um ponto desse universo e além dessas galáxias não existiria mais nada. Nessa concepção a eternidade se aplicaria apenas ao espaço-tempo.
• Alberto Einstein, físico alemão naturalizado americano, o maior sábio contemporâneo, mostrou que o espaço e o tempo são intercambiáveis e pertencem à mesma estrutura. Todavia, a estrutura espaço-tempo, como um todo, não varia, não é relativa, por isso o próprio Einstein quis mudar o nome da teoria da relatividade para teoria da invariância, mas não conseguiu.
• Pelo prisma da física, Infinito é aquilo cujas fronteiras ou limites são inatingíveis.
Essa talvez seja a melhor forma de explicar o infinito do ponto de vista físico. Nessa concepção o Universo poderia ter um princípio e existirem limites. Porém não existem meios físicos de se atingir esses limites, porque quanto mais tentamos nos aproximar da fronteira, mais a fronteira se afasta de nós. Não que essa fronteira fuja de nós, mas se considerarmos que essa fronteira esteja se expandindo na velocidade da luz (ou próxima dela), teríamos de acelerar para atingir essa fronteira, mas, ao acelerarmos, o espaço entre nós e a fronteira se dilataria pois, na verdade, estaremos reduzindo a velocidade em relação a essa fronteira. Para essa definição, o universo pode ser infinito.
• Sustenta a ótica religiosa que Infinito é aquilo que se desconhece o fim.
Esta é a definição de infinito que obedece aos preceitos religiosos (a dizer que o poder de Deus é infinito, é porque não se conhece nenhum limite). Nessa definição, o universo é infinito porque não conhecemos o fim.
Se o universo não é infinito ou se ele possui uma fronteira, a sua questão é o que existe depois dele. Com certeza deve existir algo, mas está muito além da nossa compreensão, pois nós vivemos em um universo tetradimensional e só temos condições de descrever algo em termos de espaço e tempo. Aquilo que está além do universo possui outras dimensões que nós nem fazemos idéia do que sejam.

DEUS E O INFINITO

                                           LE - 3.DEUS E O INFINITO

                                                  LIVRO PRIMEIRO 

                                              CAPITULO PRIMEIRO

3 – Poder-se-ia dizer que Deus é infinito?

Definição incompleta. Pobreza da linguagem dos homens, que é insuficiente para definir as coisas que estão acima de sua inteligência.

Kardec considera: “Deus é infinito em suas perfeições, mas o infinito é uma abstração. Dizer que Deus é Infinito é tomar o atributo pela própria coisa, e definir uma coisa que não é conhecida, por uma coisa que também não o é.”

• No seu atual estado de inferioridade, os homens dificilmente podem compreender que Deus seja infinito; por serem restritos e limitados imaginam-nO restrito e limitado como eles próprios. Representam-nO como um ser circunscrito e fazem dEle uma imagem semelhante à sua. As representações que dEle fazemos com traços humanos não pouco contribuem para manter esse erro no espírito das massas, que nEle adoram mais a forma que a idéia. É para a maioria um soberano poderoso, em um trono inacessível, perdido na imensidade dos céus e, por possuírem faculdades e percepções limitadas, não compreendem que Deus possa ou ouse intervir diretamente nas pequenas coisas.
• Deus, sendo Espírito, é incorpóreo, invisível, sem substância material, sem partes ou paixões físicas e, portanto, é livre de todas as limitações temporais (II Co. 3:17).
• Deus é infinitamente perfeito. É impossível conceber Deus sem o infinito das perfeições, sem o que Ele não seria Deus, pois poderíamos sempre conceber um ser que possuísse o atributo que lhe faltasse. Para que nenhum ente o possa ultrapassar, importa que Ele seja infinito em tudo.
Os atributos de Deus, por serem infinitos, não são suscetíveis nem de aumento nem de diminuição, pois deixariam de ser infinitos e Deus não seria perfeito. Se tirássemos a menor parcela que fosse de um só de seus atributos, já não teríamos mais Deus, visto que seria possível existir um ser mais perfeito que Ele.
• A perfeição é o atributo pelo qual Deus é isento de toda e qualquer limitação em seu Ser e em seus atributos (Mt. 5:48). A infinidade de Deus se contrasta com o mundo finito em sua relação tempo-espaço.
• Se houvermos compreendido bem a relação, ou antes, a oposição entre a eternidade e o tempo, se nos tivermos familiarizado com esta idéia – que o tempo não é senão uma medida relativa da sucessão das coisas transitórias, ao passo que a eternidade é essencialmente uma, imóvel e permanente, e que não é suscetível de medida alguma no ponto de vista da duração compreenderemos que, para esta, não há nem começo nem fim.
Por outro lado, se fizermos uma justa idéia embora necessariamente bem fraca – da grandeza infinita do poder divino, compreenderemos como é possível que o Universo tenha sempre existido e exista para sempre. Desde o momento em que Deus passou a existir, suas perfeições eternas se manifestaram. Antes que nascessem os tempos, a Eternidade incomensurável recebeu a palavra divina e criou o Espaço, igualmente eterno. ‘’

TEORIA - LE - 568 - 569 - 571 - 572 - 578 - 578 - 580

                               LE - 568 - 569 - 571 - 572 - 578 - 578 - 580

                                             LIVRO II - CAPÍTULO X                                 

                             OCUPAÇÕES E MISSÕES DOS ESPÍRITOS 

568 - Os Espíritos que têm missões a cumprir, as cumprem no estado errante ou no estado de encarnação?
569 - Em que consistem as missões de que podem estar encarregados os Espíritos errantes?
571 - Não há senão os Espíritos elevados que cumprem missões?
572 - A missão de um Espírito lhe é imposta ou depende de sua vontade?
578 - O Espírito pode falir em sua missão por sua falta?
579 - Visto que o Espírito recebe sua missão de Deus, como Deus pode confiar uma missão importante e de interesse geral a um Espírito que poderá nela falir?
580 - O Espírito que se encarna para cumprir uma missão tem a mesma apreensão que aquele que o faz como prova?

• “Quão formosos são os pés daqueles que anunciam as boas novas” - Is 52,7
• “Não tenho nem ouro nem prata, mas o que tenho, eu te dou:“ XXR>At.3:1 / 3:26
• “Anunciar o Evangelho não é gloria para mim; é uma obrigação que se me impõe.” - XXR>I Cor. 9:15 / 9:27

A alma, nos intervalos das encarnações, torna-se Espírito errante, ao tempo em que aspira a um novo destino. Esses intervalos poderão ser de algumas horas a alguns milhares de séculos; embora possa prolongar-se por muito tempo, nunca é perpétuo. A erraticidade não é um sinal de inferioridade entre os Espíritos, contudo não se pode dizer que todos os Espíritos não encarnados são errantes. Os que devem reencarnar-se sim, independentes do grau em que esteja, mas os Espíritos puros, os que chegaram à perfeição, não são errantes: seu estado é definitivo. - XXV 148 / 150 –
Os Espíritos podem ter missões a cumprir em um e outro estado; para certos Espíritos errantes, é uma grande ocupação. - Elas são tão variadas que seria impossível descrevê-las, além de que não podeis compreender.
A importância da missão está em relação com a capacidade e a elevação do Espírito. O estafeta que leva um despacho cumpre também uma missão, mas que não é aquela do general.
As missões dos Espíritos têm sempre o bem por objeto. Seja como Espíritos, sejam como homens, eles estão encarregados de ajudar o progresso da Humanidade, dos povos ou dos indivíduos, em círculo de idéias mais ou menos amplas, mais ou menos especiais, de preparar os caminhos para certos acontecimentos, de velar pelo cumprimento de certas coisas. Alguns têm missões mais restritas e de alguma sorte pessoais ou locais, como assistir os enfermos, os agonizantes, os aflitos, velar por aqueles de quem se fizeram guias protetores, de dirigi-los pelos seus conselhos ou pelos bons pensamentos que lhes sugerem. Pode-se dizer que há tantos gêneros de missões quantas as espécies de interesses a vigiar, seja no mundo físico, sejam no mundo moral. O Espírito avança segundo a maneira pela qual ele cumpre sua tarefa. Em síntese, os Espíritos executam a vontade de Deus e não podeis penetrar todos os seus desígnios.
A missão de um Espírito não lhe é imposta, ao contrario do que se possa imaginar, ele a pede e fica feliz de obtê-la. Frequentemente há vários candidatos para a mesma missão, mas nem todos são aceitos; sua capacitação para o empreendimento é fundamental.
Nem sempre há o sucesso da missão, principalmente se o Espírito encarregado não seja de uma hierarquia superior. Nesta situação será necessário recomeçar a tarefa e, consequentemente, estará implícito no resultado do mal que haja causado; é essa a sua punição.
Na vida material há um ditado que diz: ”é errando que se aprende”. Este conceito nos parece ser providencial, pois Deus não somente nos permite como nos concede a oportunidade de errar; mais do que providencial isto é Divino.
Na vida errante os espíritos gozam da mesma prerrogativa e Deus não sabe se, em uma missão, ele obterá a vitória ou será vencido. Deus o sabe, e disso devemos estar seguros que seus planos, quando são importantes, não repousam sobre aqueles que devem abandonar a obra no meio do trabalho. Toda questão está para nós no conhecimento do futuro, que Deus possui, mas que não nos é dado a ciência.
De forma geral, os todos os espíritos tem missões a cumprir, seja no estado errante ou no estado de encarnado. A estes, podemos considerá-los como Missionários ou Reveladores encarnados, pois ele tem a experiência para o seu encargo.
Conforme a ordem hierárquica a que pertençam e conforme o grau de seu saber pessoal, podem extrair suas instruções de seus próprios conhecimentos, ou recebê-las de Espíritos mais elevados e até de mensageiros diretos de Deus. Estes, falando em nome de Deus, podem às vezes ser tomados pelo próprio Deus.
Estes tipos de comunicações nada têm de estranho para aqueles que conhecem os fenômenos espíritas e a maneira como se estabelecem as relações entre os encarnados e os desencarnados. As instruções podem ser transmitidas por diversos meios: pela inspiração, pura e simples; pela audição da palavra dos Espíritos, ou pela vista dos Espíritos instrutores nas visões e aparições, que em sonho, quer em estado de vigília dos quais temos muitos exemplos na Bíblia, no Evangelho e nos livros sagrados de todos os povos. É, pois, rigorosamente exato dizer que a maioria dos reveladores é médiuns inspirados, auditivos ou videntes. Do que não se conclui que todos os médiuns sejam reveladores e, muito menos, intermediários d Divindade ou de seus mensageiros - XET29 it 9

TEORIA - LE - 573 - 574 - 575 - 576 - 577 - 581 - 582 - 583 - 584 -


                                    LE - 573 - 574 - 575 - 576 - 577 - 581 - 582 - 583 - 584 -
                                                          LIVRO II - CAPÍTULO X -
                                           OCUPAÇÕES E MISSÕES DOS ESPÍRITOS

573 - Em que consiste a missão dos Espíritos encarnados?
574 - Qual pode ser a missão das pessoas voluntariamente inúteis sobre a Terra?
575 - As ocupações vulgares nos parecem mais deveres que missões propriamente ditas. A missão, segundo a idéia ligada a essa palavra, tem um característico menos exclusivo e, sobretudo menos pessoal. Desse ponto de vista, como se poder reconhecer que um homem tem uma missão real sobre a Terra.
576 - Os homens que tem uma missão importante a ela estão predestinados antes de seu nascimento, e dela têm conhecimento?
577 - Quando um homem faz uma coisa útil é sempre em virtude de uma missão anterior e predestinada, ou pode receber uma missão não prevista?
581 - Os homens que são a luz do gênero humano, que clareiam pelo seu gênio, têm certamente uma missão; mas entre eles há os que erram e que, ao lado de grandes verdades, propagam grandes erros. Como se deve considerar sua missão?
582 - Pode-se considerar a paternidade como uma missão?
583 - Se uma criança se torna má, malgrado os desvelos de seus pais, estes são responsáveis?
584 - Qual pode ser a natureza da missão de um conquistador que não tem em vista senão satisfazer sua ambição e que, para atender ao seu objetivo, não recua diante de nenhuma das calamidades que arrasta atrás de si?
A missão dos Espíritos encarnados é instruir os homens, ajudar seu progresso, melhorar suas instituições por meios diretos e materiais. Mas as incumbências são mais ou menos gerais e importantes: aquele que cultiva a terra cumpre uma missão, como aquele que governa ou aquele que instrui. Tudo se encadeia na Natureza; ao mesmo tempo em que o Espírito se depura pela encarnação, ele concorre, sob essa forma, para o cumprimento dos caminhos da Providência. Cada um tem sua missão neste mundo, posto que cada um possa ser útil para alguma coisa.
Nem todos estão conscientes dessa missão, contudo em rápida avaliação teremos a certeza desta situação. Os profissionais liberais, os empregados, etc. ante a necessidade de sobrevivência buscam o sustendo prestando quaisquer benefícios ao próximo. O trabalho remunerado possibilita uma troca entre as pessoas: a) quem paga, esta comprando bens ou serviços que o ajudarão, de alguma forma; b) quem recebe, está vendendo e terá o numerário para suas pretensões; consequentemente e em contra partida, dar continuidade a cadeia do projeto Divino.
O apostolo Paulo, em Ef. 4:7 / 4:16, abrange o campo da religiosidade e faz de cada um de nós um missionário do poder Sublime, segundo a graça dele advinda. “A uns ele constituiu apóstolos; a outros, profetas; a outros evangelistas, pastores, doutores, para o aperfeiçoamento dos cristãos”... 573 -
Mas há efetivamente pessoas que não vivem senão para si mesmas e não sabem se tornar úteis para nada, são voluntariamente inúteis sobre a Terra. São pobres seres que são preciso lamentar, porque expiarão cruelmente sua inutilidade voluntária e seu castigo começa frequentemente, desde este mundo, pelo tédio e pelo desgosto da vida.
Visto que tiveram escolha, questionaríamos e com certeza gostaríamos de saber, por que preferiram uma vida que não poderia lhes aproveitar em nada, se não soubéssemos que entre os Espíritos há também preguiçosos que recuam diante de uma vida de trabalho. Deus o permite, pois compreenderão mais tarde, e às suas custas, os inconvenientes de sua inutilidade, e serão os primeiros a pedir para reparar o tempo perdido. Pode ser também que escolheram uma vida mais útil, mas, uma vez na obra, recuam e se deixam arrastar pelas sugestões dos Espíritos que os encorajam à ociosidade. 574 -
Podemos reconhecer que um homem tem uma missão real sobre a Terra, pelas grandes coisas que ele realiza pelo progresso a que conduz seus semelhantes.
As ocupações vulgares nos parecem mais deveres que missões, pois segundo a idéia ligada a palavra missão, esta tem uma característica menos exclusiva e, sobretudo menos pessoal.
Chico Xavier foi um missionário e sua obra é exemplificada e venerada a todos os cantos da nação. Suas ocupações foram um exemplo vivo de amor e fraternidade, contudo, podemos buscar a nossa volta pessoas compromissadas com o bem do próximo. 575 -
Os homens que tem uma missão importante, em algumas vezes, a ela estão predestinados antes de seu nascimento, e dela tem conhecimento, mas frequentemente, a ignoram.
Tomemos como exemplo Jesus. Seu descenso vibratório não nos deixa duvidas que tivera pleno conhecimento da sua missão. Mas há os que a ignoram. Vindo sobre a Terra, tem um objetivo vago; sua missão se desenha depois do nascimento, e segundo as circunstâncias. Deus os impele no caminho onde devem cumprir seus desígnios. 576 -
Ele é freqüentemente instrumento do qual um Espírito se serve par executar uma coisa que crê útil. Por exemplo, um Espírito julga que seria bom escrever um livro que ele mesmo faria se estivesse encarnado; ele toma o escritor mais apto a compreender seu pensamento e executá-lo, e lhe dá a idéia e o dirige na execução. Assim, esse homem não veio sobre a Terra com a missão de fazer essa obra. Ocorre o mesmo com certos trabalhos de arte ou descoberta. É necessário dizer ainda que, durante o sono do corpo, o Espírito encarnado se comunica diretamente com o Espírito errante e que eles se entendem sobre a execução. 577 -
A Paternidade é, sem contradita, uma missão; é um dever muito grande e que obriga mais do que o homem pensa, sua responsabilidade pelo futuro. Deus colocou o filho sob a tutela dos pais para que estes o dirijam no caminho do bem, e facilitou sua tarefa dando-lhe uma organização frágil e delicada que o torna acessível a todas as impressões.
A paternidade é um ato de responsabilidade que deve ser exercício com muito empenho, pois sendo a família este ponto abençoado de reforma das almas, são eles os grandes trabalhadores dessas reformas, são os responsáveis por levar a seus rebentos os ensinamentos necessários na formação do espírito cristão e os exemplos de dignidade, evitando assim os sofrimentos e as lagrimas de amaná.
Mas há Pais que se ocupam mais em endireitar as árvores do seu jardim e a fazer produzir muitos e bons frutos, que endireitar o caráter de seu filho. Se este sucumbe por sua falta, carregarão a pena, e os sofrimentos do filho na vida futura recairão sobre eles, porque não fizeram o que dependia deles para seu adiantamento no caminho do bem. 582 -
Entretanto, há crianças que se torna má, independentemente da vigilância de seus pais. Nesta situação, seus pais não são responsáveis; porém, quanto mais disposições da criança em ser má, mais é penosa a tarefa, e maior será o mérito que se eles conseguirem desviá-la do mau caminho.
Superficialmente abordamos a paternidade como uma missão e tenho certeza de que o conhecimento dessa situação estava bem clara com todos, porém o que dizer quanto aos gênios ou quanto aos conquistadores.
Pelo que vimos até agora, a missão é inerente a cada um de nós, independentemente da qualificação que possamos ter, contudo a história nos da conhecimentos dos grandes conquistadores em todos os tempos.
Temos, exemplificando bem perto de nós, os Bandeirantes. Sim, os nossos Bandeirantes também foram conquistadores. Tinham por objetivo satisfazer suas ambições e vaidades, e, para atender aos seus objetivos não recuavam diante de nenhuma situação e arrastavam atrás de si grandes calamidades. 583 -
- Eles não eram o mais frequentemente, senão um instrumento do qual Deus se servia para o cumprimento dos seus desígnios, e um meio de fazer um povo avançar mais depressa. 584 -
Se os conquistadores foram instrumentos do Criador para que um povo avançasse mais depressa, o que pensar dos gênios, os homens que são a luz do gênero humano. Pelo seu gênio, tem certamente uma missão, mas entre eles há os que erram e que ao lado de grandes verdades, propagam grandes erros.
Do nosso modesto ponto de vista, diríamos que estão abaixo da tarefa que empreenderam, entretanto, é preciso ter em conta as circunstâncias; os homens de gênio devem falar segundo os tempos e tal ensinamento que parece errôneo ou pueril em uma época avançada, podia ser suficiente para seu século. 581 -
Epílogo: Resumindo, dizemos que cada um é recompensado segundo suas obras, o bem que quis fazer e a retidão de suas intenções.
Os espíritos encarnados têm ocupações inerentes à sua existência corporal. No estado errante ou de desmaterialização, essas ocupações são proporcionais ao grau do seu progresso.
Uns percorrem os mundos, se instruem e se preparam para uma nova encarnação. Outros, mais avançados, se ocupam com o progresso, dirigindo os acontecimentos e sugerindo pensamentos propícios; assistem os homens de gênio que concorrem par o adiantamento da Humanidade.
Outros se encarnam com uma missão de progresso.
Outros tomam sob sua tutela os indivíduos, as famílias, os aglomerados, as cidades e os povos, dos quais são os anjos guardiões, os gênios protetores e os Espíritos familiares.
Outros, enfim, presidem aos fenômenos da Natureza, dos quais são os agentes diretos.
Os Espíritos vulgares de misturam às nossas ocupações, aos nossos divertimentos.
Os Espíritos impuros ou imperfeitos esperam, nos sofrimentos e nas angústias, o momento em que praza a Deus proporcionar-lhes os meios de avançar. Se eles fazem o mal é por despeito ao bem, do qual não podem inda gozar.
Obs. - Pauta dos Estudos em 07/11/2009

EVANGELHO NO LAR

                                                    CULTO DO EVANGELHO NO LAR

O culto cristão no lar
Povoara-se o firmamento de estrelas, dentro da noite prateada de luar, quando o Senhor, instalado provisoriamente em casa de Pedro, tomou os Sagrados Escritos e, como se quisesse imprimir novo rumo à conversação que se fizera improdutiva e menos edificante, falou com bondade:
— Simão, que faz o pescador quando se dirige para o mercado com os frutos de cada dia?
O apóstolo pensou alguns momentos e respondeu hesitante:
— Mestre, naturalmente, escolhemos os peixes melhores. Ninguém compra os resíduos da pesca.
Jesus sorriu e perguntou de novo:
— E o oleiro? Que faz para atender à tarefa a que se propõe?
—Certamente, Senhor — redargüiu o pescador, intrigado — modela o barro, imprimindo-lhe a forma que deseja.
O Amigo Celeste, de olhar compassivo e fulgurante, insistiu:
— E como procede o carpinteiro para alcançar o trabalho que pretende?
O interlocutor, muito simples, informou sem vacilar:
— Lavrará a madeira, usará a enxó e o serrote, o martelo e o formão. De outro modo, não aperfeiçoará a peça bruta.
Calou-se Jesus, por alguns instantes, e aduziu:
— Assim, também, é o lar diante do mundo. O berço doméstico é a primeira escola e o primeiro templo da alma. A casa do homem é a legítima exportadora de caracteres para a vida comum. Se o negociante seleciona a mercadoria, se o marceneiro não consegue fazer um barco sem afeiçoar a madeira aos seus propósitos, como esperar uma comunidade segura e tranqüila sem que o lar se aperfeiçoe? A paz do mundo começa sob as telhas a que nos acolhemos. Se não aprendemos a viver em paz, entre quatro paredes, como aguardar a harmonia das nações? Se nos não habituamos a amar o irmão pais próximo, associado à nossa luta de cada dia, como respeitar o Eterno Pai que nos parece distante?
Jesus relanceou o olhar pela sala modesta, fez pequeno intervalo e continuou:
— Pedro, acendamos aqui, em torno de quantos nos procuram a assistência fraterna, uma claridade nova. A mesa de tua casa é o lar de teu pão. Nela, recebes do Senhor o alimento para cada dia. Por que não instalar, ao redor dela, a sementeira da felicidade e da paz na conversação e no pensamento? O Pai, que nos dá o trigo para o celeiro, através do solo, envia-nos a luz através do Céu. Se a claridade é a expansão dos raios que a constituem, a fartura começa no grão. Em razão disso, o Evangelho não foi iniciado sobre a multidão, mas, sim, no singelo domicílio dos pastores e dos animais.
Simão Pedro fitou no Mestre os olhos humildes e lúcidos e, como não encontrasse palavras adequadas para explicar-se, murmurou tímido:
— Mestre, seja feito como desejas.
Então Jesus, convidando os familiares do apóstolo à palestra edificante e à meditação elevada, desenrolou os escritos da sabedoria e abriu, na Terra, o primeiro culto cristão no lar.




                                             ROTEIRO PARA O EVANGELHO NO LAR
1. Preparar a sala, mesa e assentos, dentro dos maiores pre­ceitos da higiene, da ordem e da educação.

2.  Colocar sobre a mesa, jarra com água a ser fluidificada e copos.
3. Pôr, à disposição, um exemplar de O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, um exemplar de O LÍVRO DOS ESPÍRITOS e outros livros doutrinários que comentem o Evangelho.
4. Procurar preparar-se desde cedo para a reunião evitando, no ambiente, antes de iniciá-la, vozerio, conversação fútil e desnecessária. Cultivar a assiduidade e a pontualidade.
5. Abertura e prece inicial.
6. Ler e estudar seqüencialmente O LIVRO DOS ESPÍRITOS, uma ou no máximo duas questões, por reunião.
7. Ler e estudar seqüencialmente O EVANGELHO SEGUN­DO O ESPIRITISMO, pequenos trechos, por reunião.
8. Leitura ao acaso do livro doutrinário, que comente o Evangelho.
9. Comentário pelo dirigente, ou por alguém por ele indica­do.
10. Estudo de um fato do noticiário comum. Conversação livre; ventilação de dúvidas e problemas relacionados às ocorrências do dia-a-dia, buscando o esclarecimento à luz da Doutrina.
11. Nota semanal. Estudo de alguma nota que enriqueça a meditação: episódio, conto, apólogo, etc.

12. Havendo Mediuns Espíritas presentes, pode-se permi­tir a Manifestações Espontâneas do Plano Espiritual. A reunião do "Evangelho no Lar" não é sessão espírita.

13.  Prece e encerramento.
14. Distribuição da água fluída.

OBSERVAÇÕES

 1. HORÁRIO: Dia e Hora, segundo a conveniência geral.
2. Para o estudo de exemplos de como conduzir a reunião, vide o livro de MEIMEI - Evangelho em Casa, psicografado por Francisco Cândido Xavier.
3. Para uma bibliografia e maiores esclarecimentos acerca do ROTEIRO, consultar de RINO CURTI, os livros:
·         MEDIUNIDADE EM AÇÃO, capítulos VI e VII, volume 1 do Tomo 3, da Escola de Educação Mediúnica Espírita.
     ESPIRITISMO E QUESTÃO SOCIAL, capítulos VII e VIII, volume 2 do Tomo 3, da Escola de Educação Evangélica Espírita.

Obs. - Compartilhado - http://www.luzcaridaderamatis.com.br/





VIDEO - PROVAS E REENCARNAÇÃO

VIDEO AULA - REENCARNAÇÃO, SIMBIOSE E OBSESSÃO

terça-feira, 17 de abril de 2012

ACONTECEU <> NO AGRESTE NORDESTINO

FALO DO QUE SEI, DO QUE VI E DO QUE FIZ
Um caso atípico para este 11 de abril de 2012.
Nós que estamos acostumados com a presença do Mentor e Amigo Espiritual  de todas as horas, o médico e espírito Irmão Leonardo, nos deparamos com um caso inusitado até a presente data.
Comumente, nossos procedimentos de atendimentos têm se realizado em condições bem favoráveis e com boa proximidade do nosso corpo material, para melhor doação do fluido animalizado, entretanto, no caso presente, nos deparamos com um processo totalmente diferente desta rotina.
Profissionalmente, estávamos desenvolvendo as tarefas e os afazeres de rotina em mais um dia de trabalho quando, sem que nos predispuséssemos a qualquer evocação, sentimos a presença do querido amigo  a nos convocar para um atendimento emergencial. Sugerido o desdobramento mediúnico, nos transportamos para  um ambiente ressequido,  castigado pela seca.
Já no interior de uma casa de pau-a-pique,  uma senhora, ao lume de um fogão de lenha, procede sentida oração pedindo por uma criança que se encontrava próxima e com a saúde em estado grave; teria não mais de 6 ou 8 meses.
Pela sugestão de Leonardo, que já examinava o pequenino, nos aproximamos e sob forte emoção acompanhamos os procedimentos do querido Mentor, servindo-se Ele dos fluidos animalizados que doávamos para suas pretensões.
Deparamos-nos com um sério comprometimento no aparelho respiratório, disse-me ele. Processos e procedimentos  em ação e algumas mudanças se fizeram rapidamente no quadro clinico apresentado.
Não tinha, até então, noção de onde estávamos, embora tivesse notado ser um casebre de pau a pique, com dois ou três cômodos e muito bem aconchegante.
Ao convite do amigo espiritual, nos locomovemos fora das poucas paredes e vislumbramos um horizonte sertanejo, bem ao tipo do que estamos cansados de ver com a seca, no sertão do nordeste. Retornando ao ambiente, nova observação ao pequenino e sob um rápido olhar à penitente, um comentário que espero não esquecer: "Esta Irmã é fervorosa e devota de Nossa Senhora”, com toda certeza vai agradecer sempre a Ela pela graça recebida.
De volta ao corpo físico, uma sensação de bem estar e felicidades continuava a me envolver; restava-me, também, agradecer a Deus a oportunidade de servir na sua seara.

ACONTECEU <> POR ESTA EU NÃO ESPERAVA

FALO DO QUE SEI, DO QUE VI E DO QUE FIZ

Domingo, 5 de fevereiro de 2012, por volta de 23,00 horas, assistia o Fantástico, da Rede Globo. Sem qualquer motivo aparente, nem mesmo sabendo por que, levantei-me da poltrona que estava e me dirigi ao alpendre. O céu estava lindo, uma noite magnificamente bela; as estrelas pareciam ter um brilho mais intenso, e, a lua refletia sua luminosidade como uma moldura ao que estava a sua volta.
Ao olhar rua abaixo, vislumbrei um homem que, em direção acima, caminhava desordenadamente; era, a meu ver, alguém alcoolizado; talvez.
Caminho de retorno à porta de entrada e antes que a ela chegasse ouvi um chamado, em alto e bom som: “Oh Tio!”. Detive-me e mal me volvi ali estava ele a pedir licença para um rápido diálogo.
Talvez queira comida, pensei. Quantos casos idênticos já não ocorreram nesta situação. Assim o fosse nada de surpreendente; noto que era um rapaz na casa dos vinte e poucos anos e não estava alcoolizado.
Desculpe se importuno no adiantado das horas, começou ele.
Disse ter estado perambulando próximo ao aeroporto pedindo ajuda para uma viagem da nossa Catanduva para São José do Rio Preto. O ônibus sairia às 23,45hs. da Rodoviária e o custo seria de R$. 7,15; nada tendo arrecadado até então e que sua alimentação teria ocorrido ao revirar, próximo ao aeroporto, alguns lixos.  Esta ocorrência teria motivado a presença da Guarda Municipal que o retirara de lá. Fora removido daquele bairro e por motivos de documentação não teria conseguido albergue.
O primeiro pensamento que me ocorrera fora de que não condizia à verdade e estava me predispondo para dar uma pequena ajuda, ante a hipótese de que o estaria ajudando e me isentando de dissertar uma possível trama para obtenção de recursos.
Uma moeda pensei talvez isso resolva. Forte inspiração leva-me a questionar o valor e penso em R$. 5,00. Sim, este valor estaria próximo do pedido e o complemento alguém o faria. Novamente, inspirado questiona-me a dúvida: mas em menos de 30 minutos poderia ele não conseguir o valor necessário.
Bem, R$. 5,00 ou R$.7,15 em nada mudaria minha situação e já que estava a fazer uma caridade, ainda que o pedido não fosse verdadeiro, pouco importaria o valor.
Dei-lhe não muito além do valor pedido e dele mal recebi um agradecimento, pois saiu em andar disparado como se estando atrasado para suas pretensões.
Ainda o observara no andar ligeiro que empreendia, quando “ouvi” claramente um Deus lhe pague. Olho aos lados e nada vejo; sugere-me a inspiração um ato de desdobramento mediúnico. Noto uma radiante entidade do sexo feminino a contemplar meu gesto e agradecer a Deus o momento. “Sempre estarei a rogar por Você”, disse-me ela. “Esteja tranqüilo, pois o nosso irmão tem sido mal compreendido, conquanto seja um necessitado em todos os sentidos. Fui orientada que o procurasse para ajudá-lo e ao que pareceu ser um acaso, tudo foi elaborado sob a condução da espiritualidade. Estava confiante da tua sensibilidade e digo, mesmo que te esquivasse materialmente, não poderias apagar a luminosidade que emerge do teu lar.”

Estou redigindo e ao ensejo que daria concluso este texto, 23,50hs., noto a presença daquela Irmã ao meu lado sugerindo-me novo desdobramento e averiguação: Ele esta no interior do ônibus, com os olhos marejados, talvez pensando no seu destino e com os pensamentos em Deus.
Recebo dela um forte abraço e um fervoroso “Deus lhe pague!”.

domingo, 15 de abril de 2012

O UNIVERSO E NÓS

DO MACRO AO MICRO UNIVERSO

NO UTERO DA MÃE

POEMA DA GRATIDÃO


PSICOGRAFIA - A VIDA É UMA VIAGEM

A VIDA É UMA VIAGEM

A vida é uma efemeridade notória e considerável. Bruscamente podemos assemelhá-la a uma viagem pelo leito ferroviário em um comboio que não conhece retorno, apenas impulsiona-se para frente.
Devemos considerar cada alteração de nossa vida como consideramos os transtornos ou prazeres em cada estação.
Se nos ativermos a analisar a paisagem ao derredor de cada parada teremos a expectativa para nova marcha. Se, porém, nos desvencilharmos das maravilhas da natureza, teremos, certamente, dissabores e desenganos a pesar-nos sobremaneira em nosso ser, acabrunhando-nos e afligindo-nos ao prosseguimento da jornada.
Se nos prendermos a pequena velocidade, se assim a considerarmos, veremos que pelo compasso em seus eixos, a locomotiva nos conduz com segurança incalculada pelos tortuosos trilhos lineares e dispostos em terrenos argilosos ou áridos.
A cada estação nova sensação e esperanças, é o que dissemos; esperanças essas que nos trará paz e prosperidade para o decorrer da viagem. Mas, se nos fixarmos em desvencilhar o horizonte veremos que podemos, em retrospecto ao trecho percorrido, programar seguramente o empreendimento para a próxima parada. Porém, se em cada parada buscarmos um abrigo aos dissabores havidos, certos poderemos estar de que em cada parada nos refugiaremos e quiçá não levaremos em bom termo o decurso da empresa.
Que não nos falte à paz, tranqüilidade e amor ao próximo nesta viagem, porquanto grande é a velocidade que poderemos empreender em nosso comboio, porém maior será a probabilidade de descarrilarmos em curto percurso.
Que tenhamos a desmedida e cândida ternura ao acionarmos as frágeis alavancas do mecanismo porque, se formos estouvados ao seu acionamento, poderemos insensatamente nos conduzir ao descarrilamento e seu retorno ao leito nos conduzirá a grandes esforços e dores.
Sejamos otimistas, contudo, porque se nos tornar-nos imprevidentes em incalculadas medidas nos mediocraremos ao ensejo de fracassarmos na jornada e certamente estaremos parados o mais que necessário em cada estação a ponto de chegarmos pesadamente e descompassados ao ponto final.

Ditado pelo Espírito Frei Francisco