domingo, 22 de abril de 2012

TEORIA - LE - 559 - 560-561 - 564 - 565 - 566 - 570 -

                              LE - 559 - 560-561 - 564 - 565 - 566 - 570 -

                                      LIVRO II -  CAPÍTULO X 

                           OCUPAÇÕES E MISSÕES DOS ESPÍRITOS

559 - Os Espíritos inferiores e imperfeitos cumprem também um papel útil no Universo?
560 - Os Espíritos têm cada um, funções especiais?
561 - As funções que os Espíritos cumprem na ordem das coisas são permanentes para cada um e estão nas atribuições exclusivas de certas classes?
- Todos têm deveres a cumprir. Na vida material, o último dos pedreiros ou o servente não concorre para construir o edifício tão bem como o arquiteto? Pois bem: da mesma maneira os Espíritos mais atrasados são úteis ao conjunto: enquanto eles se ensaiam para a vida, e antes de ter plena consciência de seus atos e do seu livre arbítrio, agem sobre certos fenômenos, de que são agentes sem o saberem. Primeiro, executam; mais tarde, quando sua inteligência estiver mais desenvolvida, comandarão e dirigirão as coisas do mundo material. Mais tarde ainda, poderão dirigir as coisas do mundo moral. É assim que tudo serve tudo se encadeia na natureza, desde o átomo primitivo até o arcanjo, pois ele mesmo começou pelo átomo. Admirável lei de harmonia, de que a nossa inteligência limitada ainda não pode abranger o conjunto!
- Isso quer dizer que todos nós devemos habitar em toda a parte e adquirir o conhecimento de todas as coisas, presidindo sucessivamente a todos os componentes do Universo. Mas, como está dito no Eclesiastes - (3:1) - “para tudo há um tempo, para cada coisa há um momento debaixo dos céus”, assim, tal cumpre, hoje, seu destino neste mundo, tal cumprirá ou cumpriu, em outra época, sobre a Terra, na água, no ar, etc.
- Todos devem percorrer os diferentes graus da escala para se aperfeiçoar. Deus, que é justo, não poderia querer dar a uns a ciência sem trabalho, enquanto que outros não a adquirem senão com sacrifício.
Da mesma forma entre os homens, ninguém alcança um supremo grau de habilidade em uma arte qualquer, sem haver adquirido os conhecimentos necessários na prática das partes mais intimas dessa arte.

564 - Entre os Espíritos, há os que são ociosos ou que não se ocupem com alguma coisa útil?
565 - Os Espíritos examinam nossos trabalhos de arte e se interessam por eles?
566 - Um Espírito que teve uma especialidade sobre a Terra, um pintor, um arquiteto, por exemplo, se interessa de preferência pelos trabalhos que foram objeto de sua predileção durante a vida?
570 - Os Espíritos penetram sempre os desígnios que estão encarregados de executar?
- Entre os Espíritos há os que são ociosos e não se ocupam de alguma coisa útil, mas esse estado é temporário e subordinado ao desenvolvimento de sua inteligência. Certamente há, como entre os homens, os que não vivem senão para si mesmos; mas essa ociosidade lhes pesa e, cedo ou tarde, o desejo de avançar lhes faz experimentar a necessidade da atividade e eles são felizes em poder se tornar úteis. Falamos dos Espíritos que alcançaram o ponto de ter consciência de si mesmos e seu livre arbítrio, pois, em sua origem, são como crianças que acabam de nascer e que agem mais por instinto que por uma vontade determinada.
- Os Espíritos examinam não somente os nossos trabalhos, mas o que possa evidenciar a sua elevação e o seu progresso.
- Tudo se confunde num fim geral. Se o Espírito é bom, interessa-se tanto quanto lhe seja permitido se ocupar para ajudar as almas a se elevarem até Deus. Diga-se, aliás, que um Espírito que praticou uma arte na existência que o conhecemos, pode vir a praticar uma outra em outra existência, porque é preciso que ele saiba tudo para ser perfeito. Assim, segundo seu grau de evolução, pode não haver mais especialidade para ele; é o que entendo dizendo que tudo se confunde num fim geral. Ressaltamos ainda isto, segundo nossos orientadores espirituais: o que é sublime para nós, em nosso mundo atrasado, não é senão criancice perto dos mundos mais avançados. Assim, como querer que os Espíritos que habitam esses mundos, onde existem artes desconhecidas para nós, admirem isso que, para eles, não é mais que uma obra de escolar? Eu o disse: eles examinam aquilo que pode provar o progresso.
- Concebemos que deve ser assim para os Espíritos mais avançados; contudo, ao falarmos dos Espíritos mais vulgares e que não se elevaram ainda acima das idéias terrestres é diferente; seu ponto de vista é mais limitado e eles podem admirar aquilo que nós encarnados admiramos.
- Os Espíritos nem sempre compreendem os desígnios que estão encarregados de executar; há os que são instrumentos cegos, mas outros sabem muito bem com que objetivo agem.

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