domingo, 22 de abril de 2012

DEUS E O INFINITO

                                           LE - 3.DEUS E O INFINITO

                                                  LIVRO PRIMEIRO 

                                              CAPITULO PRIMEIRO

3 – Poder-se-ia dizer que Deus é infinito?

Definição incompleta. Pobreza da linguagem dos homens, que é insuficiente para definir as coisas que estão acima de sua inteligência.

Kardec considera: “Deus é infinito em suas perfeições, mas o infinito é uma abstração. Dizer que Deus é Infinito é tomar o atributo pela própria coisa, e definir uma coisa que não é conhecida, por uma coisa que também não o é.”

• No seu atual estado de inferioridade, os homens dificilmente podem compreender que Deus seja infinito; por serem restritos e limitados imaginam-nO restrito e limitado como eles próprios. Representam-nO como um ser circunscrito e fazem dEle uma imagem semelhante à sua. As representações que dEle fazemos com traços humanos não pouco contribuem para manter esse erro no espírito das massas, que nEle adoram mais a forma que a idéia. É para a maioria um soberano poderoso, em um trono inacessível, perdido na imensidade dos céus e, por possuírem faculdades e percepções limitadas, não compreendem que Deus possa ou ouse intervir diretamente nas pequenas coisas.
• Deus, sendo Espírito, é incorpóreo, invisível, sem substância material, sem partes ou paixões físicas e, portanto, é livre de todas as limitações temporais (II Co. 3:17).
• Deus é infinitamente perfeito. É impossível conceber Deus sem o infinito das perfeições, sem o que Ele não seria Deus, pois poderíamos sempre conceber um ser que possuísse o atributo que lhe faltasse. Para que nenhum ente o possa ultrapassar, importa que Ele seja infinito em tudo.
Os atributos de Deus, por serem infinitos, não são suscetíveis nem de aumento nem de diminuição, pois deixariam de ser infinitos e Deus não seria perfeito. Se tirássemos a menor parcela que fosse de um só de seus atributos, já não teríamos mais Deus, visto que seria possível existir um ser mais perfeito que Ele.
• A perfeição é o atributo pelo qual Deus é isento de toda e qualquer limitação em seu Ser e em seus atributos (Mt. 5:48). A infinidade de Deus se contrasta com o mundo finito em sua relação tempo-espaço.
• Se houvermos compreendido bem a relação, ou antes, a oposição entre a eternidade e o tempo, se nos tivermos familiarizado com esta idéia – que o tempo não é senão uma medida relativa da sucessão das coisas transitórias, ao passo que a eternidade é essencialmente uma, imóvel e permanente, e que não é suscetível de medida alguma no ponto de vista da duração compreenderemos que, para esta, não há nem começo nem fim.
Por outro lado, se fizermos uma justa idéia embora necessariamente bem fraca – da grandeza infinita do poder divino, compreenderemos como é possível que o Universo tenha sempre existido e exista para sempre. Desde o momento em que Deus passou a existir, suas perfeições eternas se manifestaram. Antes que nascessem os tempos, a Eternidade incomensurável recebeu a palavra divina e criou o Espaço, igualmente eterno. ‘’

Nenhum comentário: