domingo, 22 de abril de 2012

TEORIA - LE - 573 - 574 - 575 - 576 - 577 - 581 - 582 - 583 - 584 -


                                    LE - 573 - 574 - 575 - 576 - 577 - 581 - 582 - 583 - 584 -
                                                          LIVRO II - CAPÍTULO X -
                                           OCUPAÇÕES E MISSÕES DOS ESPÍRITOS

573 - Em que consiste a missão dos Espíritos encarnados?
574 - Qual pode ser a missão das pessoas voluntariamente inúteis sobre a Terra?
575 - As ocupações vulgares nos parecem mais deveres que missões propriamente ditas. A missão, segundo a idéia ligada a essa palavra, tem um característico menos exclusivo e, sobretudo menos pessoal. Desse ponto de vista, como se poder reconhecer que um homem tem uma missão real sobre a Terra.
576 - Os homens que tem uma missão importante a ela estão predestinados antes de seu nascimento, e dela têm conhecimento?
577 - Quando um homem faz uma coisa útil é sempre em virtude de uma missão anterior e predestinada, ou pode receber uma missão não prevista?
581 - Os homens que são a luz do gênero humano, que clareiam pelo seu gênio, têm certamente uma missão; mas entre eles há os que erram e que, ao lado de grandes verdades, propagam grandes erros. Como se deve considerar sua missão?
582 - Pode-se considerar a paternidade como uma missão?
583 - Se uma criança se torna má, malgrado os desvelos de seus pais, estes são responsáveis?
584 - Qual pode ser a natureza da missão de um conquistador que não tem em vista senão satisfazer sua ambição e que, para atender ao seu objetivo, não recua diante de nenhuma das calamidades que arrasta atrás de si?
A missão dos Espíritos encarnados é instruir os homens, ajudar seu progresso, melhorar suas instituições por meios diretos e materiais. Mas as incumbências são mais ou menos gerais e importantes: aquele que cultiva a terra cumpre uma missão, como aquele que governa ou aquele que instrui. Tudo se encadeia na Natureza; ao mesmo tempo em que o Espírito se depura pela encarnação, ele concorre, sob essa forma, para o cumprimento dos caminhos da Providência. Cada um tem sua missão neste mundo, posto que cada um possa ser útil para alguma coisa.
Nem todos estão conscientes dessa missão, contudo em rápida avaliação teremos a certeza desta situação. Os profissionais liberais, os empregados, etc. ante a necessidade de sobrevivência buscam o sustendo prestando quaisquer benefícios ao próximo. O trabalho remunerado possibilita uma troca entre as pessoas: a) quem paga, esta comprando bens ou serviços que o ajudarão, de alguma forma; b) quem recebe, está vendendo e terá o numerário para suas pretensões; consequentemente e em contra partida, dar continuidade a cadeia do projeto Divino.
O apostolo Paulo, em Ef. 4:7 / 4:16, abrange o campo da religiosidade e faz de cada um de nós um missionário do poder Sublime, segundo a graça dele advinda. “A uns ele constituiu apóstolos; a outros, profetas; a outros evangelistas, pastores, doutores, para o aperfeiçoamento dos cristãos”... 573 -
Mas há efetivamente pessoas que não vivem senão para si mesmas e não sabem se tornar úteis para nada, são voluntariamente inúteis sobre a Terra. São pobres seres que são preciso lamentar, porque expiarão cruelmente sua inutilidade voluntária e seu castigo começa frequentemente, desde este mundo, pelo tédio e pelo desgosto da vida.
Visto que tiveram escolha, questionaríamos e com certeza gostaríamos de saber, por que preferiram uma vida que não poderia lhes aproveitar em nada, se não soubéssemos que entre os Espíritos há também preguiçosos que recuam diante de uma vida de trabalho. Deus o permite, pois compreenderão mais tarde, e às suas custas, os inconvenientes de sua inutilidade, e serão os primeiros a pedir para reparar o tempo perdido. Pode ser também que escolheram uma vida mais útil, mas, uma vez na obra, recuam e se deixam arrastar pelas sugestões dos Espíritos que os encorajam à ociosidade. 574 -
Podemos reconhecer que um homem tem uma missão real sobre a Terra, pelas grandes coisas que ele realiza pelo progresso a que conduz seus semelhantes.
As ocupações vulgares nos parecem mais deveres que missões, pois segundo a idéia ligada a palavra missão, esta tem uma característica menos exclusiva e, sobretudo menos pessoal.
Chico Xavier foi um missionário e sua obra é exemplificada e venerada a todos os cantos da nação. Suas ocupações foram um exemplo vivo de amor e fraternidade, contudo, podemos buscar a nossa volta pessoas compromissadas com o bem do próximo. 575 -
Os homens que tem uma missão importante, em algumas vezes, a ela estão predestinados antes de seu nascimento, e dela tem conhecimento, mas frequentemente, a ignoram.
Tomemos como exemplo Jesus. Seu descenso vibratório não nos deixa duvidas que tivera pleno conhecimento da sua missão. Mas há os que a ignoram. Vindo sobre a Terra, tem um objetivo vago; sua missão se desenha depois do nascimento, e segundo as circunstâncias. Deus os impele no caminho onde devem cumprir seus desígnios. 576 -
Ele é freqüentemente instrumento do qual um Espírito se serve par executar uma coisa que crê útil. Por exemplo, um Espírito julga que seria bom escrever um livro que ele mesmo faria se estivesse encarnado; ele toma o escritor mais apto a compreender seu pensamento e executá-lo, e lhe dá a idéia e o dirige na execução. Assim, esse homem não veio sobre a Terra com a missão de fazer essa obra. Ocorre o mesmo com certos trabalhos de arte ou descoberta. É necessário dizer ainda que, durante o sono do corpo, o Espírito encarnado se comunica diretamente com o Espírito errante e que eles se entendem sobre a execução. 577 -
A Paternidade é, sem contradita, uma missão; é um dever muito grande e que obriga mais do que o homem pensa, sua responsabilidade pelo futuro. Deus colocou o filho sob a tutela dos pais para que estes o dirijam no caminho do bem, e facilitou sua tarefa dando-lhe uma organização frágil e delicada que o torna acessível a todas as impressões.
A paternidade é um ato de responsabilidade que deve ser exercício com muito empenho, pois sendo a família este ponto abençoado de reforma das almas, são eles os grandes trabalhadores dessas reformas, são os responsáveis por levar a seus rebentos os ensinamentos necessários na formação do espírito cristão e os exemplos de dignidade, evitando assim os sofrimentos e as lagrimas de amaná.
Mas há Pais que se ocupam mais em endireitar as árvores do seu jardim e a fazer produzir muitos e bons frutos, que endireitar o caráter de seu filho. Se este sucumbe por sua falta, carregarão a pena, e os sofrimentos do filho na vida futura recairão sobre eles, porque não fizeram o que dependia deles para seu adiantamento no caminho do bem. 582 -
Entretanto, há crianças que se torna má, independentemente da vigilância de seus pais. Nesta situação, seus pais não são responsáveis; porém, quanto mais disposições da criança em ser má, mais é penosa a tarefa, e maior será o mérito que se eles conseguirem desviá-la do mau caminho.
Superficialmente abordamos a paternidade como uma missão e tenho certeza de que o conhecimento dessa situação estava bem clara com todos, porém o que dizer quanto aos gênios ou quanto aos conquistadores.
Pelo que vimos até agora, a missão é inerente a cada um de nós, independentemente da qualificação que possamos ter, contudo a história nos da conhecimentos dos grandes conquistadores em todos os tempos.
Temos, exemplificando bem perto de nós, os Bandeirantes. Sim, os nossos Bandeirantes também foram conquistadores. Tinham por objetivo satisfazer suas ambições e vaidades, e, para atender aos seus objetivos não recuavam diante de nenhuma situação e arrastavam atrás de si grandes calamidades. 583 -
- Eles não eram o mais frequentemente, senão um instrumento do qual Deus se servia para o cumprimento dos seus desígnios, e um meio de fazer um povo avançar mais depressa. 584 -
Se os conquistadores foram instrumentos do Criador para que um povo avançasse mais depressa, o que pensar dos gênios, os homens que são a luz do gênero humano. Pelo seu gênio, tem certamente uma missão, mas entre eles há os que erram e que ao lado de grandes verdades, propagam grandes erros.
Do nosso modesto ponto de vista, diríamos que estão abaixo da tarefa que empreenderam, entretanto, é preciso ter em conta as circunstâncias; os homens de gênio devem falar segundo os tempos e tal ensinamento que parece errôneo ou pueril em uma época avançada, podia ser suficiente para seu século. 581 -
Epílogo: Resumindo, dizemos que cada um é recompensado segundo suas obras, o bem que quis fazer e a retidão de suas intenções.
Os espíritos encarnados têm ocupações inerentes à sua existência corporal. No estado errante ou de desmaterialização, essas ocupações são proporcionais ao grau do seu progresso.
Uns percorrem os mundos, se instruem e se preparam para uma nova encarnação. Outros, mais avançados, se ocupam com o progresso, dirigindo os acontecimentos e sugerindo pensamentos propícios; assistem os homens de gênio que concorrem par o adiantamento da Humanidade.
Outros se encarnam com uma missão de progresso.
Outros tomam sob sua tutela os indivíduos, as famílias, os aglomerados, as cidades e os povos, dos quais são os anjos guardiões, os gênios protetores e os Espíritos familiares.
Outros, enfim, presidem aos fenômenos da Natureza, dos quais são os agentes diretos.
Os Espíritos vulgares de misturam às nossas ocupações, aos nossos divertimentos.
Os Espíritos impuros ou imperfeitos esperam, nos sofrimentos e nas angústias, o momento em que praza a Deus proporcionar-lhes os meios de avançar. Se eles fazem o mal é por despeito ao bem, do qual não podem inda gozar.
Obs. - Pauta dos Estudos em 07/11/2009

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