terça-feira, 4 de junho de 2013

PSICOGRAFIA - DIFICULDADE DA CURA

DIFICULDADE DA CURA

. E outras sementes caíram em terra boa; brotaram, cresceram e deram frutos: trinta sessenta e até cem por um. E acrescentou: “Quem tiver ouvidos para ouvir, ouça!” (Mc. 4:8 / 4:9)

Ao que nos possa parecer, a cura demanda apenas de um processo e procedimentos a ser seguido, por alguém que algo nos prescreva.
Engano! Mero engano, se assim pensarmos: a cura é mais que uma prescrição, é um procedimento de interiorização.
Quando estamos acamados, indispostos ou desanimados, rápidas são as pretensas sugestões que nos ocorrem: comprimidos, banhos quentes ou frios e lazer.
Novamente, mero engano. A causa, inculta em nosso ser, é interior. Dessa introspecção é que a terapêutica, e pretensos terapeutas, reúnem os elementos para nos prescrever medicamentos alopáticos, homeopáticos, fitoterápicos, florais, etc.
Como vemos, é uma dissertação medicamentosa para um sentimento introspectivo e incomodo. De várias maneiras podemos rever esta alteração orgânica ou psicótica.
Sim, orgânica por uma disfunção metabólica na ingestão exagerada de alimentos ou insurgente de procedimentos inadequados aos princípios da boa gastronomia. Psicótico pelo descaso com aquilo que o filosofo disse um dia à humanidade: “conhece-te a ti mesmo”.
Como conhecer a si com o turbilhão de influenciações de matizes materiais e espirituais?
Simplesmente ao procederes a uma auto observação, uma rápida interiorização às sensações que borbulham em teus sentimentos.
A mente é muito mais de que a ressonância de raios elétricos emitidos por geradores e usinas. É um campo eletromagnético ativo que mostra e demonstra a ação e reação do que se movimenta em teu interior. Ele mostra as conseqüências de um órgão ou do organismo alterado na matéria pelas dores e hematomas. Mostra os abstratos da mente ao nos dar a percepção sensorial do automatismo psicológico, frente aos anômalos sentidos.
Os sentidos da matéria, os cinco que conhecemos, trabalham em consonância com esta ação eletromagnética. O olfato que, ao nos dar a percepção do ar, pode nos proporcionar os odores e perfumes das flores ou do charco obsessivo emanado por entidades espirituais menos categorizadas. O tato, pelo qual percebemos a impressão do contacto e pressão ao apalparmos aquilo que a vista vislumbra, nos proporcionará arrepios e outras sensações resultantes da aproximação ou atuação de espíritos obsessores. E, assim, discorreríamos todos os cinco pautando a impressionabilidade da vida com a sensibilidade etérea.
Mas o que tudo isso tem em haver com a cura?
Muito, visto do lado do Criador Onipotente. Ele nos proporcionou órgãos materiais e espirituais para que pudéssemos dispor da própria administração da saúde. Não falo da física ou da quântica tão presente atualmente, falo da interiorização com que  sempre fomos dotados.
E por que não? Se me perguntares pela ampliação deste raciocínio. Vejamos: o conteúdo de um recipiente é aquilo que ali depositamos. O volume do que ali colocamos é o que achamos adequados aos propósitos que poderá nos servir, na hora ou a qualquer momento. Assim, logicamente, somos possuidor do conteúdo, ainda que não esteja em nós, mas aos nossos olhos e a nossa disposição.   
Transferindo esta resolução ao corpo físico, seremos o recipiente daquilo que nele depositarmos; se magoa por certo o resultado amargurará nossas ações e reações.
Quando estamos magoados com alguém, inicialmente, nosso poder mental destila centelhas de má querença aos desafetos. Ora, sabemos pela lei da física que quando transbordamos um recipiente, o que depositamos, além da borda que o limita, se esparrama ao derredor. Não é preciso ser um cientista para observar este pequeno detalhe que a física poderá apenas dizer: derramou. Por outro lado, não é preciso ter grande entendimento, basta observar, para constatar que o excesso entornado à sua volta o envolve exteriormente.
Assim, se estamos saturados e temos algo a transbordar, facilmente, concluímos que estamos totalmente envolto em uma situação de saturação total, por dentro e por fora. Nessa situação, concluímos que a magoa que destilamos a alguém, a um desafeto ou a um inimigo, transborda da nossa consciência e envolve todo o nosso organismo. Consequentemente estaremos nos empreguinando da mesma matéria deletéria que dirigimos ao nosso desafeto.  Envolto nesta situação flui-magnética, acumulamos em nossa intimidade o que mentalmente produzimos pela mágoa.
 Foi por esta razão que Jesus nos orientou para que perdoássemos aos que nos ofendessem.
Fácil entender que a lei da ação e reação se faz presente neste pequeno detalhe e, como a ciência nos ensina, reproduzimos aquilo que a mente concebe. Se idealizarmos que nosso desafeto sofra uma situação enferma, ela se reproduzirá no nosso coração e no nosso movimento sanguíneo, consequentemente. Assim, a semente ou princípio do desamor passará a germinar em nosso coração e se reproduzirá sob o influxo do ódio, do rancor, da mágoa e do que mais concebermos.
 Claro está à sabedoria messiânica ao dizer: Onde está teu coração, onde está teu pensamento, ali está o teu tesouro.
Ora, se queremos felicidades não podemos usar do gérmen do desamor, ele gerará a infelicidade e, com certeza, o dito popular de que a semeadura é livre e a colheita obrigatória, não será apenas um dito popular, será uma sofrida realidade.
Bem, se o resumo dos sentimentos não dá ao leitor uma real notabilidade, podemos nos alongar dizendo que nada nasce sem que cuidemos. Uma semente germina com a atenção e empreendorismo do seu zelador. Ela pode ser plantada em uma cova ou, ao acaso, depositada pela própria natureza no solo fértil.
O que fará o bom zelador?
Por certo, irá plantá-la em cova adequada e protegê-la cuidadosamente para que se desenvolva com propriedade. Assim, a natureza que proporciona o solo, não se importando com a disposição do plantio, requererá uma ajuda para que aquela semente se desenvolva e produza. O zelador a regará e poderá adicionar outros elementos que favoreçam o cultivo.
Mas, nem sempre isso poderá acontecer e o cuidado constante poderá não estar disponível ao desenvolvimento do gérmen. Então, nesta circunstância, a própria natureza laborará esta tarefa: chuva e sol e a desenvolvera.
Do exposto, facilmente na transposição sentimental que nutre a magoa, podemos dizer que ela se desenvolverá de qualquer maneira se plantada foi em nossa consciência.
Será mais vigorosa de acordo com o tratamento. Se qual ao zelador e a semente na cova e cuidada ou, ainda pela própria natureza, se ao calor da nossa ira e na amenidade das nossas lágrimas que a fortalecerão.
Onde está o teu pensamento estará a tua razão, na mesma medida e proporção.
Bem, o linguajar nos parece simples ao entendimento, mas podemos, ainda, em oposição ao mecanismo desta lei tão simples, argüir maior aprofundamento da questão, simplesmente voltando aos ensinamentos de Jesus na parábola do semeador, disposta no frontispício desta página.

Ditada pelo Espírito Jacob
Médium A.C.Ribeiro

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