terça-feira, 21 de agosto de 2012

ACONTECEU <> FALO DO QUE SEI, DO QUE VI E DO QUE FIZ


  
Esta é uma nova página de postagem. Sua idealização surgiu quando estávamos na casa do confrade Paulo, para um almoço fraterno.
Como bom anfitrião, esteve nos mostrando sua residência. Ao chegarmos a um determinado cômodo, vimos fotos e pôster de algumas personalidades Espíritas e Ecumênicas, dispostos qual coleção de quadros, estátuas, etc.; organizadas sistematicamente.
Dentre essas personalidades, ali estava o Padre Donizetti, ao qual reverencio pelo desprendimento que realizou em sua existência e por ter-me possibilitado, talvez, a primeira manifestação de clarividência da minha vida. Até os dias de hoje, me lembro do episódio com seus detalhes. Comentei o caso e, dos amigos ali presentes, recebi o incentivo para postagem.
Assim, ao acatar a idéia, ocorreu-me, por extensão, a possibilidade de acrescentar e relatar alguns dos casos que comumente me envolve. Exemplificando cada caso, tenho como objetivo dirimir dúvidas que possam estar presentes em outros Aprendizes do Evangelho.
Com certeza, criticas e sugestões advirão para algumas destas postagens. Entretanto, prezado leitor, cumpre-me dizer-te que ao relatar um episódio falarei do que sei, do que vi e do que fiz, segundo os ensinamentos Kardecista e suporte da Equipe Espiritual que nos orienta.

·         CASO PADRE DONIZETTI
O episódio ocorreu na década de 1950, provavelmente no ano de 1954. Eu contava, aproximadamente, com 8 anos.
Naquele tempo não existia a televisão, o rádio era o maior veículo de comunicação que servia a todos.
Padre Donizetti, ou Padre Donizetti Tavares de Lima, foi um padre brasileiro da igreja católica apostólica romana. Foi pároco em Tambau e ficou famoso na década de 1950 por graças, conversões e milagres de curas atribuídas a ele. Teve uma vida devota ao próximo, principalmente o carente tanto do campo material, moral ou espiritual. Conta-se que existem catalogados milhares de milagres alcançados pela sua intercessão. Dedicou inteiramente sua vida a pregar a doutrina de Cristo e a proteger os desamparados pela sociedade.
Sua manifestação religiosa era sistematica e sempre as mesmas horas, com cobertura de emissoras de rádio.
Minha Mãe, fervorosamente, as sintonizava e, sugestivamente como nos dias atuais,  colocava um recepiente com água sobre o rádio, “para  ser benzida,” dizia ela. Certo dia, como costume lá estava pequena garrafa de vidro, que hoje aparentaria mais um “vaso solitário” a espera de uma fluidificação do seu conteúdo. Era um recepiente do xarope de São João (me parece ser este o nome), totalmente cestavada e dava um formato muito bonito naquela embalagem.
Ao final do programa, ao pegar aquela “garrafinha” de sobre o rádio para minha Mãe, um curioso susto: Lá dentro, no meio da água, estava um homem com roupas escuras. Minha Mãe nada via e até certo ponto julgava ser coisa de criança.
Respondia a todas as perguntas que Mamãe fazia, contudo, não podia dizer quem era o homem que lá estava, pois não sabia quem era; ela continuava a nada ver.
O caso não teve maiores repercursões na família, mas desacreditado eu jurava ter visto um homem dentro daquela garrafa; o fato não se repetiu.
Certo dia, não sei como, um daqueles cartões postal estava sobre a mesa  e para minha surpresa e felicidades pude dizer a minha mãe que o homem que estava dentro da “garrafinha” era o mesmo da fotografia.
Impressionada, ela apenas disse: mas esse é o Padre Donizetti!

·               CASO MARIA ANGELA
Maria Angela é associada, já há alguns anos, do nosso clube de livros: Fonte Viva. Regularmente procedemos a entrega do livro do mês, a senhora sua Mãe, Dna. Izaura, em razão dela estar sempre trabalhando ou estudando fora de Catanduva.
Como não poderia deixar de acontecer, sendo fato até natural, cruzamos por algumas vezes com o marido de Izaura, Sr. Jovino. Dentre as vezes que o vimos, notamos que o mesmo sempre nos olhava de soslaio, com certa indiferença.
Segundo Dna. Izaura, Jovino era displicente e teria contraído, por abuso, certa doença que o levou a óbito. Com votos de pesar, colocamo-nos a disposição da viuva.
Para a família a vida continua e a regularidade das nossas visitas não foi alterada.
Há alguns meses, uma ligeira alteração na recepção; Dna. Izaura estava acamada e Carla, irmã de Maria Angela, nos recepcionava dizendo que a mãe havia fraturado a perna e me pedia que lhe aplicasse um passe.
A presença do Irmão Leonardo, médico espiritual que nos acompanha foi determinante ao procedimento e registramos, de imediato, uma sensível melhora.
Ontem, 20 de agosto de 2012, na mesma rotina, fomos atendidos por Carla, uma vez que sua Mãe estava ausente e prestando atendimento domiciliar a uma cliente. Em rápida conversa Carla nos disse da felicidades que se lhe assomava no presente, pois que ao final do ano concluirá o curso de Filosofia.
Estavamos a nos despedir quando notamos que Dna. Izaura estava chegando e buscava estacionar seu veículo em lugar de costume. Cumprimentos e conversas, disse-nos que o incidente da fratura estava resolvido com um pequeno detalhe: ficará uma dor na perna que, apesar de remédios, não cedia.
Prestativo e oportuno, Irmão Leonardo, que estava presente, nos sugeriu um atendimento. Ao fazer esta menção, ela prontamente aquieceu e nos convidou a entrar.
Sem rodeios ou preambulos, apenas uma rápida oração, e lá nos dispunhamos ao Mentor amigo para a sua ação. A aplicação foi bem sucedida e ao pedir que fizesse movimentos maiores, disse-nos da impossibilidade por ter dores no joelho direito. Novo procedimento do Irmão Leonardo e lá estava ela feliz por ter recebido a benção da cura.
Carla que a tudo assistia, nos pede a aplicação de um passe. No exercicio desse mister, notamos que a mesma se dispunha ao estado sonambúlico e a incentivamos ao  ato. Em estado sonambulico, Carla  descrevia o que via em estado de emancipação da alma e confirma a nossa observação de que Jovino estava presente. Estranhei a colocação nominativa, quando esperava que ela dissesse: Meu Pai esta presente.
À nossa indagação, Dna. Izaura nos dá a conhecer o que não sabiamos: Jovino era padastro de Carla e não Pai, pois era seu segundo marido e Carla era fruto do primeiro casamento.
Vislumbramos Jovino abraçando efusivamente Carla e esta correspondendo ao ato; a afinidade era maior que um simples afeto paternal: era o verdadeiro amor que estava sufocado em ambos.
Eu que acompanhava os fatos, sem que Dna Izaura tivesse noção do por que, dei um “gostoso” sorrizo: Jovino me dissera que não teria gostado de mim em vida, mas que se enganara e a prova se realizava ali com um ato de generosidade.
Supresa pela minha pergunta, Dona Izaura confirmou: realmente ele não gostava de Voce!
Ao final, Jovino nos agradecendo seguiu com a equipe espiritual que nos dá o suporte, enquanto que as nossas irmãs, emotivas, davam vasão a lágrimas emocionais.
Obs. - Para preservar a identidade das pessoas envolvidas, os nomes foram trocados.

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