domingo, 19 de agosto de 2012

PONTO DE VISTA - CASAMENTO ESPÍRITA

   CASAMENTO DE SAMUEL E PRISCILA

   Sob nosso ponto de vista, o fato de a doutrina espírita não registrar os rituais de casamento não impede que os noivos comemorem sua união.
   Algumas vezes fui convidado a participar de recepções simples e nelas fazer um pronunciamento religioso. Hoje, 19 de agosto de 2012, Samuel e Priscila, espíritas praticantes, receberam alguns amigos e parentes para manifestarem seus sentimentos e contentamento pelo enlace matrimonial.
   Novamente, por convite deles, coube-nos a honra e às vezes pertinentes à religiosidade.
   Deste evento, por incentivo dos confrades presentes, faço a postagem da pauta que pronunciamos, como segue:

  Caríssimos Irmãos. Perante o Oficial de Registro Civil, Samuel e Priscila já concordaram mutuamente em aceitarem-se na prosperidade e adversidade da vida. Essa concordância representa a mais solene e comprometedora obrigação que os seres humanos podem assumir com a Providência Divina.
  Em matéria religiosa, a essência mais profunda é sempre a mesma       em quaisquer cultos, seja nas Igrejas Católicas, nos Templos Protestantes, ou nos Centros Espíritas. Quando o cristão pronuncia as sagradas palavras “Pai Nosso”, está reconhecendo não somente a paternidade de Deus, mas aceitando também por sua família a Humanidade Inteira.
A prece é cabível em todas as circunstâncias e recomendada por todos os Espíritos. Jesus, segundo o Evangelista Marcos, deixa muito claro seus benefícios, na citação do capítulo XI, Versículo 24: “tudo o que pedirdes na oração, crede que o obtereis, e ser-vos-á dado”.
Se a Doutrina dos Espíritos recomendam a oração em quaisquer circunstâncias; se Jesus assegura seus benefícios, pedir a Deus pela felicidade do casal, é, sem dúvida, oportunidade de exaltação para todos nós. Antes, porém, falar sobre o casamento e sua missão, do ponto de vista Espírita, nos parece identificado ao momento.
O casamento faz parte da vida, é a mais íntima relação humana que existe. Tem mesmo precedência sobre a relação entre pai e filho. E isto é um fato reconhecido desde que à instituição foi divinamente estabelecida, pois é neste sentido que as escrituras ordenam: “Portanto deixará o varão o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma só carne” (Gênesis 2:24).
Quando Cristo esteve na Terra, em seus ensinos incluiu muitas referências ao lar e ao casamento, e, além disso, sancionou a ordenança pela cordial participação, como hóspede, nas bodas de Caná, operando lá seu primeiro milagre. Paulo de Tarso, o discípulo por excelência, também falou do casamento aos Efésios (Efésios 5:22-25).
O espiritismo, na sua generalidade, afirma que o matrimônio é laboratório de reajustamentos emocionais e oficina de reparação moral, através dos quais Espíritos comprometidos se unem para elevados cometimentos no ministério familiar. 
Afirma também: Que a família consangüínea é uma reunião de almas em processos de evolução, reajuste, aperfeiçoamento ou santificação. Que o homem e a mulher, abraçando o matrimônio por escola de amor e trabalho, honrando o vínculo dos compromissos que assumem perante a Harmonia Universal, nele se transformam em médiuns da própria vida, responsabilizando-se pela materialização, a longo prazo, dos amigos e dos adversários de ontem, convertidos no santuário doméstico em filhos e irmãos. Que a paternidade e a maternidade, dignamente vividas no mundo, constituem sacerdócio dos mais altos para o Espírito reencarnado na Terra, pois, através delas, a regeneração e o progresso se efetuam com segurança e clareza. Afirma ainda, que além do lar, será difícil identificar uma região onde a mediunidade seja mais espontânea e mais pura, de vez que, na posição de pai e de mãe, o homem e a mulher, realmente credores desses títulos, aprendem a buscar a sublimação de si mesmos na renúncia em favor das almas que, por intermédio deles, se manifestam na condição de filhos.
Ao Samuel e Priscila, lembramos de que as mais eloqüentes e exatas testemunhas de um homem, perante o Pai Supremo, são as suas próprias obras. Centralizem-se, pois, nos esforços de vos ajudar na vida comum, seguindo com a vossa cruz ao encontro da ressurreição divina. Nas surpresas constrangedoras da marcha, recordem que, antes de tudo, importa orar sempre, trabalhando, servindo, aprendendo e amando. Nunca desfalecer e manter a confortadora certeza de que toda tempestade é seguida pela atmosfera tranqüila e de que não existe noite sem alvorecer.
De nossa parte, em consciência com Paulo de Tarso (II Coríntios 5:20), permitindo-nos Deus que desempenhemos o encargo religioso e tornemo-nos embaixador do Cristo, pedimos ao Samuel e Priscila consumarem esta união, colocando as alianças. “Que Deus esteja convosco; que ele vos una e derrame sobre vós a sua benção.” (Tob 7:15 ).
Dilatando nossos sentimentos e expandindo os laços de amor que nos unem aos familiares que nos precederam na jornada além-túmulo, convido a todos a orar pela felicidade de Priscila e do Samuel.
“Pai Nosso, que estais no céu, santificado seja vosso nome; venha a nós o vosso Reino; seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos daí hoje; perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos aos que nos ofenderam; e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal.” (Mateus 6, 9-13).

Samuel e Priscila, no momento em que vocês assumem o compromisso de serem felizes juntos, só podemos desejar a Vocês que tal felicidade se realize plenamente, e que o passar dos anos só venham a confirmar e reforçar o amor que vos une. Que a paz e a prosperidade reinem! Que a paciência, a tolerância e a solidariedade sejam os ingredientes básicos do vosso dia a dia, e que o exemplo deste vosso convívio seja a melhor tradução para alegria, felicidade e amor. Recebam os nossos votos mais sinceros e Que esta união seja eterna, “não separando, pois, o homem o que Deus uniu.” (Marcos – 10:9)

Centro Espírita Amor e Fraternidade

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