domingo, 23 de setembro de 2012

FATOS - 1 / 2 > PERTENCES DE UM FALECIDO

Em Amor Eterno Amor, novela exibida pela Globo no horário das 18,00 hs., a menina Clara tem poderes especiais, vê o futuro e conversa com espíritos.
O assunto é fonte de polêmica para confrades, leigos e opositores da filosofia espiritista. Apesar disso, resolvemos postar uma similar experiência, vivida por uma amiga. O relato que chegou ao nosso conhecimento esta historiado a seguir, bem como alguns dos nossos conceitos e ensinamentos da Doutrina Kardecista.
Estamos domiciliados no interior do estado de S. Paulo, na cidade de Catanduva. O acontecimento ocorreu no Rio de Janeiro e foi relatado, para nossa opinião, por essa amiga e confreira que, por ter grande projeção nacional, a chamaremos de Renata, a título de preservá-la.
Renata, que há muitos anos reside na cidade maravilhosa, vivenciando e desfrutando das lidas que a vida lhe oferece comumente se dirige a outras metrópoles por força de suas atividades profissionais, como São Paulo, Rio Grande do Sul, Estados Unidos (Los Angeles), etc.. Ao nos contactar, de inicio, nos fez lembrar do compromissado relacionamento amoroso que tivera com Alexandre.
Alexandre, um dos três filhos do casal João e Isabel, com situação estável e definida, estreitava cada vez mais os laços afeitos e assomava com o enlace matrimonial. Renata vivia plena felicidade, como todas as jovens casaidoras. Vivendo e convivendo com a família do noivo, Renata se faz sempre presente nas reuniões e passeios familiares, quer no Rio de Janeiro ou em outros estados onde o Sr.João tem negócios.
         Como a natureza tem suas próprias diretrizes, no ano de 2009, Alexandre foi acometido de uma séria doença dos rins. Ainda hospitalizado, depois de mais ou menos trinta dias, apesar do intenso tratamento da Insuficiência Renal Aguda, veio a falecer.
Renata, superando a perda, continua sua trajetória profissional e social, com freqüência regular à família do falecido noivo, que a titulo igualmente de preservação, o chamamos de Alexandre, e nominamos os demais envolvidos no relato com nomes fictícios.
Dias deste, Renata atendendo a mais um convite de Isabel, com aceno de um jantar familiar, a visita. Além do repasto, um outro objetivo da família de Alexandre estaria em pauta: pedir a opinião dela e dos demais  na doação dos objetos pessoais do falecido, que ainda estariam guardados. Sem pestanejar, Renata anui aos anseios maternos e prontamente sugere a doação à Casa Espírita que freqüenta no Rio de Janeiro, isto renderia recursos para as obras sociais daquela entidade, contudo, a bem da melhor sugestão, uma  Igreja Católica foi a contemplada com idêntica expectativa.
Em momento oportuno, após realização do Evangelho, bases já estabelecidas e acordadas, a um pedido da  Matriarca a acompanham nos procedimentos iniciais. Renata, por afinidade e felicidades, esta ao lado de Marcela, sobrinha de Alexandre que nutre por ela elevado enlevo afetivo, e da garota Vitória, afilhada do falecido noivo.
No quarto em que Alexandre vivera, momentos antes Renata e outros familiares ali estiveram e deixaram em um aparador, sobre o qual um quadro estava pendurado à parede, as taça que se serviram de um aperitivo.  De repente, sem causa justa aparente, o quadro se desprendeu e ao cair sobre o aparador que acolhia as taças usadas no durante o rápido aperitivo quebrou  a que Renata usara, somente. Mera ocorrência ou aparentemente um aviso, como pensaram alguns? Um fato inexplicável , diante do que pode ser explicado, que não impediu a continuidade dos afazeres que o propósito aguardava.
Os presentes se entretinham com algumas considerações sobre roupas e objetos pessoais, contudo, Renata um pouco distante e em companhia de Vitória, a afilhada de Alexandre,  dela ouve o seguinte comentário: “Renata, o Alexandre está ali, naquele canto”, observando.
Renata sugere a Vitória ser imaginação de sua pouca idade, não mais que 10 anos, católica por consonância com os pais. Vitória discorda e assegura: “Eu estou, realmente vendo o Alexandre”, não é imaginação.
Renata, pelo conhecimento espiritual que tem, foca o assunto e sugere novos comentários da menina. “Bem, diz ela, agora Ele está indo em direção a Vovó Isabel; está lhe dando um abraço.”.
O que mais? Pergunta em seguida Renata.
-“Estou vendo, um outro homem chegando e conversando com Alexandre”.  
- Você sabe quem é?
-“Não conheço. Mas continuam conversando”.
- Algum outro fato; alguma outra situação, Vitória?
- Alexandre vem em nossa direção e o outro continua parado.
Nisso Renata sente um leve roçar em sua cabeça e Vitória confirma o que ela suspeitava:  “Ele passa a mão em tua cabeça, carinhosamente entristecido.”
Ato seguinte, Vitória lhe diz que Alexandre está deixando o ambiente e a pedido de Renata, cuja lucidez estava presente, o segue.
Em outra dependência da casa, uma Senhora fazia os serviços da grande e luxuosa residência, era Esmeralda que há várias décadas compartilhava com João e Isabel a felicidades da vida. Participara ativamente na criação de Alexandre, até o seu desencarne aos 39 anos, como se fosse seu filho.
- Ele esta abraçando Esmeralda! Veja, ela está chorando!
Renata, emocionada sabia o que Esmeralda teria significado para Alexandre em vida: Uma segunda Mãe. Ouve o burburinho das demais pessoas presentes em dependência ao lado e para lá se dirige para atender ao chamado de Isabel; entrementes Vitória segue Alexandre que voltava para seu antigo aposento.
Mentalmente dividida, Renata ultima com as demais conversas e afazeres enquanto Vitória permanece no quarto observando Alexandre.
Renata escusa-se com as demais e sai em busca de Vitória que se encaminhava para a porta deixando os aposentos. Ao vê-la, Vitória lhe diz que Alexandre transportara o quadro da parede para a cama, aquele mesmo que caíra sem explicações.
Sem que Vitória algo dissesse continua sua saída dos aposentos, ganha os destinos de um corredor e  achega-se a uma porta de correr que estavafechada. Abre-a sem motivo aparente, ali permanecendo. Renata questiona o procedimento e ela lhe diz que Alexandre, sem sucesso estava tentando abri-la para encontrar o outro homem que o esperava do lado de fora.
- E agora, o que está acontecendo? Pergunta Renata.
- Estão indo embora e Alexandre nos acena em gesto de Adeus!

Nota do Redator - Esta história nos chegou ao conhecimento para que opinássemos a respeito das doações. Perguntou-nos Renata: a) Devo efetuar a doação, uma vez que os pertences já se encontram acomodados em meu automóvel para doação? b) Qual o sentido do quadro que ter sido transportado por Alexandre e depositado na cama? c) Qual o motivo de sua presença, justamente no dia em que nos dispúnhamos à doação do seu "guarda-roupas"? Qual  teria sido o sentimento dele ao ver que seus pertences não mais estariam onde sempre estiveram?

Obs. -Postamos nossa opinião na página 02/02


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