domingo, 23 de setembro de 2012

FATOS - 2 / 2 > PERTENCES DE UM FALECIDO



      Para melhor compreender o sentido deste parecer, recomendamos ao prezado leitor ver antes a postagem do mesmo título, nº 1 / 2.

      Definindo o Luto

Luto pode ser definido como um sentimento de dor pela morte ou perda de algo ou alguém que, para nós, tenha importância.
Há pontos de contato entre o luto e a depressão. É possível que ocorra uma depressão com o advento do luto, embora este acontecimento não seja uma regra.
Como o luto pode apresentar alguns dos sintomas da depressão, pode ser confundido com ela, mas, um e outra são estados diferentes.
O luto, conquanto seja muito doloroso, em regra não exige tratamento médico. Existem o luto normal e o luto anormal.
O comportamento anormal no luto, que não é o nosso caso, são os que não atravessam os estágios do luto normal e defronta-se com problemas persistentes. Em quadros dessa natureza, oportuna e necessária a assistência médica ou de terapeutas/orientadores para o auxílio.
O luto normal, base da nossa orientação para o caso, faz parte da vida e todos o experimentamos em algumas oportunidades.
Quando normal, apresenta três fases bem distintas. Alguns estudiosos falam em quatro e até cinco fases, a depender das circunstâncias e das condições das pessoas envolvidas. As três fases: 1) embotamento; 2) período de sofrimento pela perda; 3) aceitação.
A fase de embotamento pode durar de algumas horas a uma semana. Nesse período o enlutado pode sentir-se fragilizado emocionalmente ou ter dificuldade de admitir a morte do ente querido.
O período de sofrimento pela perda, em regra, dura de uma semana a seis meses (ou um pouco mais), sendo mais intenso nos primeiros três meses, e mais leve a partir de então.
A aceitação do acontecimento que provocou o luto se dá a partir dos seis meses (às vezes um pouco depois).  O enlutado, diante da irreversibilidade da situação, aceita a morte da pessoa querida e esforça-se para retomar a normalidade da vida, o que demandará ainda algum tempo.

Diante do acima exposto, acreditamos ser de fácil compreensão a orientação que passamos, sobre o assunto: Pelo tempo decorrido e as três fase transpostas, racionalmente opinamos pela concretização da idéia de doação.

Em que pesem as considerações dos estudiosos, acreditamos que o tempo poderá ser,  em algumas situações, de maior ou menor durabilidade em cada fase.


Clarividência de Vitória

Quanto a clarividência de Vitória, entendemos que o fato está amparado pelos ensinamentos Kardecista. Allan Kardec, no LE – Livro dos Espíritos – Capítulo VIII, fundamenta esta possibilidade sob o título Emancipação da Alma. Também, citada em A Gênese e sinteticamente discorrida na obra Introdução ao Estudo da Doutrina Espírita: “Esse estado se manifesta principalmente no fenômeno dos sonhos, da soniloquia, da dupla vista, do sonambulismo natural ou magnético e do êxtase.”

Movimentação de objetos

Tudo quanto ao quadro, desde a queda até sua movimentação, é óbvio tratar-se de uma manifestação de efeitos físicos. Este efeito é bastante comentado e sua notabilidade  remota ao principio da Doutrina Espírita. Este fenômeno alimentou, durante algum tempo, a curiosidade e as distrações dos salões; o nome de mesas-girantes prevaleceu para sua designação. No LM – Livro dos Médiuns – Cap. IV vamos encontrar  em Teorias das Manifestações Físicas a explicação como isto se procede, contudo, resumimos dizendo que a movimentação de um corpo sólido pode ocorrer por um espírito diante da combinação de uma parte do fluido universal com o fluido que o médium fornece.
Finalizando, concluímos que Alexandre ali estava em razão de uma sintonia vibratória, uma vez que todos se envolveram  pelas lembranças com ele vivida. Os pertences não mais o prendiam a vida material e  tampouco o quadro que não se cogitara na doação.

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