domingo, 1 de dezembro de 2013

ACONTECEU <> RELAÇÃO DE EQUIVALÊNCIA


   Tenho aprendido, ao longo da prática mediúnica, que a rotina laboriosa nos traz muitos recursos para melhor adequação e expressão da sensibilidade operativa.

A farta literatura espírita, abordando todas as entranhas e labirintos que mesclam na espiritualidade, nos favorece sempre à plausível interpretação clarividente, como, também, aos colóquios clariaudientes, ou suaves concertos de mente à mente.
A estas faculdades, mecanismo de se conhecer de um modo imediato a origem e as sensações vibratórias dos espíritos, o sensitivo deve  agregar nas suas observações o bom senso ou ter discernimento correto  para julgar ou raciocinar em cada caso. A paciência, a prudência e a perseverança têm consolidado o caráter cauteloso de muitos médiuns.
Comumente temos recebido em nossa modesta Casa Espírita recorrentes angustiados, confusos ante toda sorte de comentários que tenham sido protagonista, quer dentro da própria doutrina ou em outros círculos.
O relato que se segue não faz parte dessa estatística, contudo, teria tudo para ser mais uma ocorrência sugestiva à falsas interpretações.
Adriana, jovem de mais ou menos 25 anos, esbanjando saúde e beleza, tez de fazer inveja a banhistas praianas, cabelos lisos e longos, estava pela primeira vez à nossa frente e viera de um município distante mais ou menos 50 km.
Relatou-nos ter sofrido um acidente há mais ou menos 5 anos; ter fraturado o pé direito e sofrido uma intervenção cirúrgica.  Apesar do sucesso da operação, sofria fortes dores ao andar e que não obtivera resultado pelas providencias que até então fizera, no plano material. Nossa assistência resumiu-se numa rápida intervenção médico-espiritual para a resolução do problema; fato por ela confirmado.
Mas, o nosso relato não se prende a esta rotina e sim ao campo da mediunidade, que Adriana desconhecia. A nosso pedido, ao transmitirmos um "passe" ela se nos mostrou acessível ao sonambulismo magnético.
Materialmente viera só, mas espiritualmente acompanhada. Ao seu lado vislumbramos uma "entidade" com vestimentas e caracteres fisiológicos de uma silvícola. Aparentava mais ou menos 60 anos.
A clariaudiência nos favoreceu e a "entidade", explicando-nos a razão da sua presença e exaltando seus sentimentos, disse-nos ter sido Avó de Adriana.
Dúvidas não nos ocorreram ante a sinceridade daquela nossa irmã desencarnada, contudo, a bem da prudência, principiamos um diálogo com Adriana, uma espécie de preâmbulo enfocando a nossa constatação. Interessante dizer que Adriana em nenhum momento falou-nos de suas origens, embora tivesse tido oportunidade. Demos curso ao que nos sugeria a situação.
– Adriana, vamos descrever os caracteres de um ser espiritual que esta ao teu lado.  Apresenta-se com trajes e caracteres indígenas e disse-nos ter sido sua Avó em vida.
Surpreendida, forte comoção toma conta de Adriana e com lágrimas de emoção confirma: sim, a Avó que desencarnara quando ela ainda era criança, procedia de origem indígena.
Como, no ensaio que acima mencionamos, já havíamos constatado as possibilidades e  atributos mediúnicos de Adriana, por indução magnética a levamos novamente ao sonambulismo e, concomitantemente, sugerimos que "partisse para um abraço".
Em estado de emancipação da alma, como ensina Kardec,  acompanhamos o reencontro espiritual. Adriana sentia toda extensão amorosa da Avó, enquanto pelo seu corpo físico vertia lágrimas dessa emoção.

Este relato sugere-nos uma proposição.
Ainda que, vislumbrada por uma simples manifestação de vidência, ou mesmo de clarividência, como o sensitivo desavisado poderia imaginar a presença da Avó, em Relação de Equivalência: 
Sugestões:
 a) obsessor – b) entidade de culto-afro-brasileiro – c) etc.

Nenhum comentário: